A reunião entre Wang Yi e Antony Blinken, a primeira desde outubro do ano passado, ocorre um dia depois do encontro dos ministros dos Negócios Estrangeiros do G20 (as 19 maiores economias do mundo mais a UE), na ilha indonésia de Bali.
“A China e os EUA são dois grandes países, por isso é necessário que ambos mantenham um intercâmbio normal”, disse Wang, antes de entrar para a reunião.
“Precisamos de trabalhar em conjunto para assegurar que esta relação continua a avançar no bom caminho”, acrescentou o responsável chinês, apelando ao “respeito mútuo”.
Ainda antes de se dirigir para o encontro, o secretário de Estado norte-americano classificou a ligação entre as duas nações de “relação tão complexa”, referindo que “há muito para falar”.
“Estou muito ansioso por uma conversa produtiva e construtiva”, notou aos jornalistas.
Várias questões deverão ser abordadas entre os dois chefes de diplomacia, incluindo Taiwan, uma das principais fontes de tensão entre a China e os Estados Unidos, principalmente porque Washington é o principal fornecedor de armas de Taiwan.
Ainda na sexta-feira, o general do Exército chinês Li Zuocheng alertou que a “China reagirá firmemente caso seja provocada” na questão de Taiwan, durante uma conversa com o presidente do Estado-Maior Conjunto dos Estados Unidos, Mark Milley.
De acordo com Li, se os Estados Unidos “mantiverem a sua palavra de não apoiar a ‘independência de Taiwan’ ou não procurarem conflitos com a China, ambos os países poderão cooperar de formas mutuamente benéficas”, de acordo com um comunicado divulgado pelo Ministério da Defesa chinês.
A reunião de ministros do G20, na Indonésia, foi dominada pela guerra na Ucrânia e pela crise alimentar e energética resultante da invasão russa daquele país, foco das conversações dos participantes, incluindo o ministro russo dos negócios estrangeiros, Serguei Lavrov.
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