O laboratório Pfizer anunciou hoje os resultados finais dos ensaios feitos à vacina por si criada em conjunto com a BioNTech, anunciando uma eficácia de 95%, a partir de 28 dias após a primeira dose, elevando a eficácia da vacina com base em resultados em testes já realizados.

Este anúncio surge depois da apresentação de um anterior conjunto de resultados a 9 de novembro que apontavam para uma eficácia de 90%. A Pfizer informa ainda que a eficácia da vacina é consistente em todos os grupos etários e étnicos e que não foram detetados efeitos secundários significativos e que se apresenta nos 94% no grupo acima dos 65 anos, particularmente vulnerável ao vírus.

No mesma comunicado, citada pela agência noticiosa EFE, a Pfizer refere que, nesta última fase três de avaliação, foram identificados 170 casos confirmados de covid-19, dos quais 162 foram detetados no grupo placebo, em comparação com oito a quem foram administrada a vacina.

Os ensaios, que começaram em julho, envolveram quase 41.000 pessoas e, de acordo com a empresa.

Este anúncio é feito quando já se sabe que a Pfizer pretende pedir autorização imediata para a comercialização da sua vacina. O presidente da empresa, Albert Bourla, afirmou que esta já reuniu os dados de segurança requeridos pelas autoridades sanitárias, que exigem que os fabricantes acompanhem durante dois meses pelo menos metade das pessoas que receberam a vacina durante os ensaios da fase 3.

Na segunda-feira a empresa de biotecnologia Moderna anunciou os resultados dos testes do seu projeto de vacina, que apontam para uma eficácia de cerca de 94%.

Bourla, no fórum do STAT News, disse estar aliviado por saber que existe outra vacina de sucesso e manifestou-se confiante de que haverá ainda mais, dado que a procura global será maior do que a capacidade de qualquer empresa.

Quando anunciaram o sucesso dos seus ensaios, a Pfizer e a BioNTech indicaram que esperam produzir 50 milhões de doses este ano e 1,3 mil milhões de doses em 2021.
*Com Lusa
[Atualizada às 13:40]