Num comunicado enviado à agência Lusa, o Pingo Doce adianta que foram de imediato tomadas medidas de suspensão de funções de cinco colaboradores presumivelmente implicados, num caso que resultou de denúncias efetuadas pela própria companhia.
“Na sequência do comunicado divulgado pela Polícia Judiciária, vimos confirmar que as buscas hoje realizadas na nossa plataforma logística da Azambuja tiveram lugar em resultado de denúncias efetuadas pela Companhia Pingo Doce por suspeitas de prática de crimes de corrupção privada e branqueamento de capitais, envolvendo alguns dos seus colaboradores e fornecedores”, refere a nota.
O comunicado acrescenta que “as alegadas práticas terão sido levados a cabo em benefício próprio dos autores e em grave prejuízo da empresa, que, tal como até aqui, se mantém inteiramente disponível para continuar a colaborar com as autoridades no apuramento dos factos, tendo de imediato tomado medidas com vista à suspensão de funções dos cinco colaboradores presumivelmente implicados”.
A Polícia Judiciária (PJ) anunciou hoje que foram detidas quatro pessoas zona da Grande Lisboa por corrupção passiva e ativa, ocorrida no setor privado, e também por branqueamento de capitais.
Fonte policial adiantou à agência Lusa que os casos de corrupção foram denunciados pela própria empresa Pingo Doce, que colaborou na investigação executada pela Unidade Nacional de Combate à Corrupção.
A mesma fonte acrescentou que alguns dos detidos são funcionários "já com alguma responsabilidade na empresa" e que atuavam "ao nível da rede" que integra o grupo económico.
A PJ refere em comunicado que a ‘Operação Rappel’ foi desencadeada na zona da Grande Lisboa, tendo sido realizadas 18 buscas, apreendidas várias viaturas de gama alta, diversos documentos, material informático, outro material relacionado com a prática da atividade criminosa e ainda cerca de 400 mil euros em dinheiro.
Durante a operação, foram detidos três homens e uma mulher, tem idades entre os 40 e 65 anos, e constituídos 10 arguidos.
Os detidos serão submetidos a primeiro interrogatório judicial para aplicação de medidas de coação.
A investigação prossegue no Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Loures, para se determinar "todas as condutas criminosas e o seu alcance".
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