Segundo um comunicado da PJ, o arguido, de 46 anos, "simulava dedicar-se à comercialização, através da internet, de aplicações para telemóveis e outros produtos informáticos", num esquema de pirâmide, em que os aderentes poderiam obter rendimento através da entrada de novos clientes.
"O autor, inserido numa rede internacional, constituiu em território nacional uma sociedade comercial que, em sete meses, entre 2013 e 2014, simulando dedicar-se à comercialização, através da internet, de aplicações para telemóveis e outros produtos informáticos, mais não fez do que angariar pessoas, a quem propôs rendimentos em função de novos clientes angariados", refere o comunicado.
De acordo com a PJ, os aderentes tinham ainda a "possibilidade de assumir idêntico papel, numa suposta escala piramidal de ganhos", mas foi o arguido quem ganhou com o negócio, apropriando-se de 15 milhões de euros.
O comunicado da PJ refere ainda que "averiguações desencadeadas pelas autoridades dos Estados Unidos da América, sobre a atividade da plataforma internacional utilizada pelo detido, conduziram em 2014 ao encerramento dos espaços de internet utilizados por essa entidade".
O detido, que está indiciado pela prática dos crimes de burla qualificada, fraude fiscal qualificada e branqueamento, já foi presente a primeiro interrogatório judicial, tendo-lhe sido aplicadas as medidas de coação de apresentações diárias, proibição de contactos com outros intervenientes processuais e de se ausentar do país, com entrega do passaporte.
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