De acordo com um comunicado da PJ, o grupo, constituído por seis homens e seis mulheres, atuava “pelo menos desde 2006” contratando apólices de seguros, dos “ramos vida e acidentes pessoais”, recorrendo por vezes a identidades falsas, para depois simular acidentes ou a morte dos titulares dos seguros.

Os arguidos, depois de inicialmente fazerem o pagamento regular das apólices, participavam às companhias de seguros acidentes inexistentes e “supostos graus de incapacidade elevada” ou mesmo a morte dos titulares das apólices, entregando a respetiva documentação médica.

“Os principais envolvidos utilizaram também o esquema criminoso para liquidar antecipadamente os créditos à habitação, com seguros de vida associados, que eles e outros arguidos possuíam. Invocavam falsamente as suas mortes, em participações de sinistros, e determinavam as companhias de seguros a pagar os mútuos hipotecários às instituições de crédito mutuantes, ficando eles, dessa forma, com a propriedade plena, livre de ónus e encargos, por extinção das hipotecas dos imóveis que habitavam”, esclarece o comunicado.

Na sequência de buscas efetuadas e da investigação patrimonial e financeira desenvolvida aos arguidos, a PJ apreendeu cerca de 45.500 euros e ainda cinco prédios urbanos, com um valor aproximado de 560 mil euros e duas viaturas de alta cilindrada, avaliadas em 52 mil euros.

Dos três arguidos detidos, um ficou em prisão domiciliária com pulseira eletrónica e os outros dois estão obrigados a apresentar-se periodicamente às autoridades.

O inquérito foi dirigido pela Policia Judiciária, através da Diretoria de Lisboa e Vale do Tejo, que o concluiu e remeteu ao Departamento de Investigação e Ação Penal de Oeiras.