A Plataforma Cívica Aeroporto BA6 – Montijo Não reuniu-se hoje com o presidente da Assembleia Municipal do Barreiro, André Pinotes Batista, para dar a conhecer o movimento e convidar a um debate com os habitantes locais.
“Fizemos um pedido junto do presidente da Assembleia Municipal para que se encontre uma forma de promover o debate junto da população acerca desta problemática do aeroporto do Montijo, tendo em conta que o Barreiro vai ser uma das zonas mais afetadas, por diversas razões, quer na poluição, ruído ou outros problemas ambientais”, avançou à Lusa um dos membros da plataforma, José Encarnação.
Segundo o responsável da plataforma, o presidente da Assembleia Municipal do Barreiro, eleito pelo PS e deputado na Assembleia da Repúbllica, “mostrou uma certa abertura” a esta iniciativa.
“Para já, a assembleia não tem uma posição assumida, não é a favor nem contra, mas está sensível a esta questão do debate”, indicou.
A plataforma cívica foi apresentada em julho e defende a construção do novo aeroporto no Campo de Tiro de Alcochete.
Nessa ocasião, o engenheiro e membro do movimento Carlos Matias Ramos defendeu que a construção no Montijo “não é uma opção pensada” e que “não há um documento que sustente a decisão”.
Carlos Matias Ramos explicou na ocasião que “os mitos constantes têm sido a base da fundamentação” por parte do Governo, defendendo que o aeroporto do Montijo não é uma opção mais barata, nem rápida, até porque “83% da zona de circulação tem de ser intervencionada” e a pista 01 da base aérea “tem de ser prolongada em 300 metros”.
O responsável sublinhou também que o aeroporto do Montijo tem “um risco ambiental” ao ser “construído sobre lodo”.
Em declarações hoje à Lusa, José Encarnação levantou outra questão sobre as alegadas consequências da construção do novo aeroporto no Montijo.
“Não estão contabilizados quais os custos, não só económicos e financeiros, mas também os sociais, de transferir cerca de 900 pessoas que trabalham na base aérea do Montijo. Toda a gente já percebeu que se o aeroporto for para ali não é compatível com as operações militares”, apontou.
De acordo com o membro, a plataforma cívica não obteve até agora qualquer resposta por parte do Governo, mas já foi recebida pelo PCP e pelo PAN, e na terça-feira será a vez do Bloco de Esquerda.
Além disso, vão tomar a iniciativa de pedir encontros com o primeiro-ministro e com o presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues.
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