“Após as investigações efetuadas até à data, os agentes não encontraram provas que sugiram que o incidente tenha sido de natureza suspeita” e, por isso, este assunto não está a ser tratado “como potencialmente criminoso”, disse a polícia, em comunicado.

A unidade de combate ao terrorismo liderou a investigação devido ao impacto do incidente no que descreveu como uma infraestrutura crítica do país.

Heathrow é o aeroporto europeu com maior movimento e o encerramento durante quase 24 horas afetou mais de 200.000 passageiros devido à necessidade de cancelar ou desviar mais de mil voos.

O incêndio na subestação de North Hyde, em Hayes, no oeste de Londres, teve origem num transformador com 25.000 litros de óleo de refrigeração.

A polícia afirmou que vai continuar a apoiar os investigadores da rede de eletricidade britânica National Grid, dos bombeiros de Londres e da operadora de energia SSEN.

“Caso surja alguma nova informação ou prova relevante, esta será analisada e considerada conforme adequado”, vincou.

Numa declaração na segunda-feira no parlamento, a ministra dos Transportes britânica, Heidi Alexander, descreveu o encerramento total do aeroporto de Heathrow como um “acontecimento sem precedentes” e afirmou ser “preciso tirar lições” para garantir que nada de semelhante se repita no futuro.

“O que sabemos é que houve um corte de energia sem precedentes e que não foi o resultado de um único ponto de falha no sistema de transmissão ou distribuição de eletricidade”, afirmou.

O aeroporto indicou que não tinha energia suficiente de outras subestações para garantir a continuação de todos os sistemas em todo o aeroporto e procedeu à reconfiguração da rede elétrica interna para permitir a retoma total das operações utilizando os outros dois pontos de abastecimento externos.

De acordo com a ministra, “os sistemas de reserva garantiram a manutenção permanente dos sistemas e protocolos de segurança, mas não foram concebidos para apoiar as operações completas do aeroporto de Londres”.