Feito pela consultora Ernst & Young, a pedido da Associação Comercial do Porto (ACP), o estudo "A posição do Porto no processo de relocalização da EMA” coloca a candidatura portuguesa “entre as mais fortes” na corrida à relocalização da agência (que vai deixar o Reino Unido), juntamente com Amesterdão, Copenhaga, Estocolmo e Viena.
“O Porto está em jogo para ganhar”, frisou Eurico Castro Alves, representante da Câmara do Porto na Comissão de Candidatura Portuguesa à relocalização da EMA, durante a apresentação da análise “crítica e independente” às 19 candidaturas.
De acordo com um dos autores do estudo, Hermano Rodrigues, o Porto “destaca-se pelo equilíbrio da candidatura”, já que “está sempre entre o primeiro e o segundo campeonato em todos os critérios”, obtendo a pontuação máxima em quatro critérios e a segunda melhor classificação nos restantes seis, algo que não acontece com Copenhaga ou Amsterdão, por exemplo.
De acordo com o relatório, “o Porto surge com a classificação máxima em quatro dos seis critérios, estando no segundo patamar no que respeita às acessibilidades da cidade e transportes e na oferta educativa dos filhos dos funcionários da EMA”.
“Uma notação elevada, e estável, nos seis critérios, é um argumento importante na distinção entre boas candidaturas”, acrescenta o documento.
A classificação máxima diz respeito às “características do edifício” para acolher a sede da agência”, à “integração social das famílias” dos seus funcionários”, à “capacidade para assegurar o funcionamento da EMA durante o período de transição” e à “distribuição geográfica” de agências internacionais.
“Foram analisadas também as outras candidaturas e colocadas comparativamente, numa lógica de rating e não de ranking. Isto foi feito à luz dos critérios definidos e da nossa interpretação dos critérios, que é, necessariamente, subjetiva. Mas o objetivo foi fazer um estudo incisivo, crítico e independente”, frisou Hermano Rodrigues, um dos autores do estudo.
Nuno Botelho, presidente da Associação Comercial do Porto, destacou que o Porto “está entre as cinco cidades favoritas” para acolher a EMA, pelo que “tudo pode acontecer” e “pode mesmo ganhar”.
“Vamos lutar até à última pela vitória”, vincou.
Questionado sobre qual o lugar que o Porto ocupa entre as cinco melhores classificadas no estudo realizado, Nuno Botelho vincou: “Interessa-nos é acabar em primeiro”.
Para Ricardo Valente, também representante da comissão de candidatura, o estudo demonstra “que o Porto faz parte de uma primeira liga europeia” e que a cidade “é capaz de ser uma centralidade relevante para o país”.
O também vereador da Câmara do Porto notou que o Porto “é a única candidatura com luz verde para as três localizações propostas”, nomeadamente para a da praça D. João I, tendo garantido em Bruxelas, a 06 de outubro, que o edifício Palácio Atlântico, com 29 mil metros quadrados, “tem capacidade para acolher 1300 pessoas”.
“As localizações do Porto são um ponto forte e o Porto é a única cidade a apresentar três localizações que se enquadram nos critérios definidos pela União Europeia”, frisou.
Ricardo Valente admitiu que as ligações aéreas do Porto a outras capitais europeias “são um problema que não há como esconder”, mas frisou tratar-se de um problema resolúvel.
Isto porque o aeroporto “tem capacidade de expansão para um aumento da oferta” até aos 20 mil passageiros por ano e “porque se a EMA vier para o Porto as companhias aéreas certamente irão colmatar as falhas atualmente existentes”.
“Estamos a sensibilizar Bruxelas para esta questão”, vincou.
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