A nova temporada, com oito exposições, foi hoje anunciada pela diretora, Penelope Curtis, num encontro com os jornalistas, na sede da fundação, em Lisboa.
“Pós-pop: Fora do lugar-comum – Desvios em Portugal e Inglaterra 1965-75″ é o título da exposição que vai ocupar a Galeria Principal do edifício sede, de abril a setembro do próximo ano, com obras de artistas que “herdaram e transcenderam a lição da Pop Art, usada como instrumento de crítica e ironia”.
Eduardo Batarda, Ana Vieira, Nikias Skapinakis, Ruy Leitão, Menez, Allen Jones, Jeremy Moon e Bernard Cohen são alguns dos artistas que vão estar representados nesta mostra com curadoria de Ana Vasconcelos e Patrícia Rosas.
Outra exposição em destaque será “A Pose. Escultura francesa antes e depois de Rodin”, de outubro do próximo ano e 04 de fevereiro de 2019.
Serão mostradas cerca de três dezenas de esculturas das coleções do Museu Gulbenkian e da Glyptotek de Copenhaga, numa mostra inédita dedicada à pose na escultura francesa do século XIX, com curadoria de Luísa Sampaio.
Artistas consagrados como Auguste Rodrin, Jean-Antoine Houdon, Aimé-Jules Dalou, Paul Dubois, Jean-Baptiste Carpeaux, Edgar Degas, estarão representados nesta mostra que decorrerá em Lisboa e Copenhaga.
Em fevereiro de 2018 será a vez de “O Bolbo e o tapete. Viagens entre a Europa e a Índia Mongol”, com curadoria de Clara Serra e Teresa Nobre de Carvalho, esta mostra irá percorrer a Coleção do Fundador e a galeria do piso inferior com uma análise dos motivos decorativos de dois tapetes da coleção de Arte Islâmica, produzidos na Índia Mongol, e durante o reinado de Shahjahan (1627-1658).
“Moer”, de Ana Jotta e Ricardo Valentim, vai estar entre outubro de 2018 e janeiro de 2019 no Espaço Projeto, com curadoria de Rita Fabiana, com o resultado do exercício crítico e performativo sobre a autoria artística e a curadoria de exposições, questionando os modos de produção e de apresentação.
“Sara Bichão. Encontra-me, mato-te”, no Espaço Projeto da Coleção Moderna, irá ficar patente entre março e junho, com curadoria de Leonor Nazaré, na qual a artista, nascida em Lisboa, em 1986, relata a experiência de pânico que viveu num lago vulcânico, a meio da travessia da cratera, a nado e sozinha.
Na rubrica Conversas, a Coleção do Fundador e a galeria do piso inferior irá acolher a mostra “Praneet Soi”, entre junho e outubro, exposição com o nome provisório do artista, nascido em Calcutá, em 1971, que apresenta uma instalação ativada pelos conceitos de padrão, a partir da coleção islâmica do Museu Gulbenkian, e trabalho, relacionada com a relação de artesãos e artesãs e as suas técnicas no fabrico de azulejo.
“Aimée Zito Lema – Do conflito à convivialidade” ocupará o Espaço Projeto – Coleção Moderna, de junho a setembro, com curadoria de Luísa Santos, Ana Cachola e Daniela Agostinho, resultado de uma residência de investigação da artista em Lisboa.
Trata-se de um dos oito capítulos de um projeto de cooperação coordenado pela Universidade Católica e cofinanciado pelo programa Europa Criativa.
Hoje, a diretora do museu também anunciou o lançamento de um guia das coleções moderna e do fundador, Calouste Sarkis Gulbenkian, financeiro arménio que fez fortuna no início do século XX com a então emergente indústria petrolífera do Médio Oriente, e que, depois de ter residido em Istambul, Londres e Paris, acabou por se fixar em Lisboa.
Calouste Gulbenkian faleceu em 1955 e, no ano seguinte, foi criada a fundação que recebeu o seu nome, que passou a investir em várias áreas, entre as quais a cultura, a educação e a ciência.
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