“Eu como timorense e como Presidente peço desculpa aos amigos e irmãos portugueses pelos distúrbios causados”, afirmou à Lusa o chefe de Estado timorense, lembrando que Portugal é um dos países mais tranquilos e seguros do mundo.
José Ramos-Horta propôs também que os vistos dos envolvidos fossem cancelados e estes expatriados para Timor-Leste.
Dezenas de jovens timorenses, alegadamente pertencentes a dois grupos de artes marciais, envolveram-se domingo em confrontos em Fátima, que provocaram um morto e quatro feridos.
“Deixamos esta questão à justiça portuguesa e que seja dura. Aqueles que violaram a lei da imigração portuguesa, violaram outras leis portuguesas que proíbem violência desta natureza devem ser punidos perante a lei portuguesa”, disse o também prémio Nobel da Paz.
“Por exemplo, os responsáveis pelo caso de homicídio cumprem a pena que tiverem de cumprir mediante decisão da justiça portuguesa. Não vamos dar qualquer apoio a esses malfeitores”, salientou o chefe de Estado timorense.
O Presidente de Timor-Leste salientou que o número de pessoas que “provoca distúrbios é infinitamente menor”, do que todos os timorenses que vivem na diáspora, e que são conhecidos.
“Fazem parte de dois grupos de artes marciais, que têm o pior recorde em Timor-Leste, que quando há rixas entre eles é sempre o PSHT, o 77 e agora surge este 22, são eles, que não têm uma liderança forte, ou a liderança é dividida a nível da organização”, explicou José Ramos-Horta.
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