A diretora do Serviço Municipal de Proteção Civil da Câmara Municipal de Lisboa (CML) precisou que não existem condições de habitabilidade porque o edifício está sem energia elétrica, desconhecendo-se as condições das infraestruturas de gás e água.

“Serão inspecionadas pelas entidades competentes (EDP, Lisboa Gás e EPAL) as infraestruturas de energia, gás e água com vista à sua reparação e religação”, disse Margarida Castro Martins.

A responsável adiantou que, durante uma vistoria ao edifício, não foram verificados danos estruturais, pelo que o condomínio deverá agora efetuar as obras necessárias à reposição da normalidade.

“Não foram visitadas habitações, à exceção de uma que se encontrava aberta, no entanto, não são conhecidos quaisquer danos para além do fumo e água”, referiu, acrescentando que todo o edifício "foi "liberto" para que condomínio proceda às reparações necessárias.

Os desalojados estão a ser acompanhados e têm alternativas habitacionais em casa de familiares.

Segundo dados da diretora do Serviço Municipal de Proteção Civil da CML, o fogo terá começado no r/c do prédio, na zona de passagem de cabos elétricos e de comunicações, tendo-se propagado através da abertura para os pisos superiores.

O alerta para o incêndio foi dado às 02:15 de quinta-feira no número 108 da Avenida Columbano Bordalo Pinheiro, na freguesia de São Domingos de Benfica, num edifício misto: de escritórios até ao 5.º andar e de habitação do 6.º ao 10.º, onde residem 21 pessoas.

Na sequência do incêndio foram assistidas no local 18 pessoas, 14 das quais foram transportadas para os hospitais de São José e Santa Maria, três em estado muito grave.

Os três feridos muito graves deram entrada no Hospital de Santa Maria, em Lisboa, receberam tratamento na câmara hiperbárica e mantêm hoje prognóstico reservado e estão ventilados, disse fonte hospitalar à Lusa.

Em causa está a inalação de monóxido de carbono.

O incêndio foi dado como extinto às 04:20.

No local estiveram 87 operacionais, entre elementos dos Sapadores de Bombeiros, Polícia Municipal, Bombeiros Voluntários de Lisboa, proteção civil, PSP e Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), com o apoio de 40 veículos.