Disputa-se este domingo a segunda volta das presidenciais austríacas e as primeiras projeções apontam para uma vitória de Van der Bellen, de 72 anos, independente ligado aos Verdes, que conta com 53,6% dos votos, contra os 46,4% de Norbert Hofer, candidato do partido de extrema-direita FPÖ.
O partido de extrema-direita FPÖ já reconheceu a derrota do seu candidato, Norbert Hofer. “Desejo felicitar Van der Bellen por este sucesso”, declarou o secretário-geral do Partido da Liberdade (FPÖ), Herbert Kickl, à televisão pública.
Hofer, por seu turno, reconheceu a derrota e felicitou o vencedor através do Facebook. Na publicação, o candidato de extrema-direita agradeceu o apoio que lhe deram, disse estar "profundamente triste" e apelou à união dos austríacos.
Hofer e o FPÖ estão próximos da linha ideológica do Brexit, de Trump e do Presidente russo, Vladimir Putin. O candidato de extrema-direita defendeu em campanha um referendo sobre a saída da Áustria da UE se a União “optar pela centralização” ou permitir a adesão da Turquia.
Por sua vez, Van der Bellen, economista, centrou a fase final da sua campanha na defesa da unidade europeia. O candidato próximo dos Verdes rejeita o populismo “trumpista”, prometendo “responsabilidade em vez de extremismo”.
No sistema político austríaco, o poder concentra-se nos governos das nove regiões e no executivo federal. Tal como em Portugal, a autoridade do Presidente é limitada, mas o chefe de Estado tem ainda assim poderes significativos. Para além da “magistratura de influência”, o Presidente pode, em certas condições, dissolver o parlamento e convocar eleições.
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