“Se o resultado for negativo, não vejo que seja possível ficar à frente da Air France”, disse o presidente executivo da Air France-KLM, Jean-Marc Janaillac, em conferência de imprensa.
Esta consulta, que não tem validade legal, será feita através de voto eletrónico entre 26 de abril e o início de maio.
A administração propôs no início da semana aumentos salariais de 7% ao longo de quatro anos, mas os sindicatos rejeitaram a proposta exigindo 6% no imediato.
Numa mensagem enviada aos trabalhadores, Janaillac considera que num “conflito que divide, enfraquece e põe em perigo” a companhia, este projeto de acordo é “o único capaz de assegurar um projeto de futuro para a Air France”.
“Não posso aceitar a confusão que se vive, apesar de uma grande maioria dos trabalhadores não aderir à greve”, afirmou em comunicado.
A Air France enfrenta desde 20 de fevereiro uma greve intermitente lançada por quase todos os sindicatos que representam as diferentes categorias profissionais. Desde então, houve nove dias de paralisação e estão previstos mais dois para a próxima semana.
Os sindicatos defenderam que a mobilização deve acentuar-se e prometeram novos dias de greve no “início de maio”.
Segundo a companhia, os custos deste processo de greve já ultrapassam 220 milhões de euros.
Os sindicatos justificam as reivindicações salariais com os resultados operacionais do grupo Air France-KLM, que foram de 1,4 mil milhões de euros em 2017.
Janaillac contrapõe que a Air France fez apenas 600 milhões de euros e que é a “menos rentável de todas as companhias europeias”.
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