Numa cerimónia de cerca de dez minutos, na Sala dos Embaixadores do Palácio de Belém, em Lisboa, tomaram posse como novos secretários de Estado Luís Goes Pinheiro (Adjunto e da Modernização Administrativa), Ana Pinto (Defesa Nacional), João Correia Neves (Economia), João Torres (Defesa do Consumidor), João Catarino (Valorização do Interior), Ângela Ferreira (Cultura), João Sobrinho Teixeira (Ciência, Tecnologia e Ensino Superior), Francisco Ventura Ramos (Adjunto e da Saúde), Raquel Bessa de Melo (Saúde) e João Galamba (Energia).

Foram reconduzidos como secretários de Estado Ana Mendes Godinho (Turismo), José Mendes (Adjunto e da Mobilidade), Carlos Manuel Martins (Ambiente), Célia Ramos (Ordenamento do Território e Conservação da Natureza) e Ana Pinho (Habitação).

Durante a cerimónia, por lapso, Francisco Ventura Ramos começou a assinar antes de ler o auto de posse, situação que provocou sorrisos do presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, e do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e pela qual depois pediu desculpa.

Assistiram a esta cerimónia de posse, que terminou pelas 11:10, o primeiro-ministro, António Costa, os ministros dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, da Presidência e da Modernização Administrativa, Maria Manuel Leitão Marques, do Planeamento, Pedro Marques, do Ambiente e da Transição Energética, João Pedro Matos Fernandes, e da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor.

Estiveram também presentes os novos ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho, da Cultura, Graça Fonseca, e da Saúde, Marta Temido.

Pedro Siza Vieira, que já fazia parte do elenco ministerial como ministro Adjunto e que agora acumula essas funções com a pasta da Economia, esteve ausente por se encontrar doente, segundo fonte do Governo.

Terminada a cerimónia de posse, pelas 11:10, seguiu-se uma sessão de cumprimentos aos novos governantes, com uma longa fila, o que levou o secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, Pedro Nuno Santos, a observar para os jornalistas, à saída: "Ainda vão levar três horas aí".

Ao deixar o Palácio de Belém, o ministro do Ambiente e da Transição Energética, João Pedro Matos Fernandes, foi questionado sobre o motivo que o levou a escolher o dirigente socialista João Galamba para a secretaria de Estado da Energia, mas remeteu declarações para mais tarde: "Falo depois".

João Galamba também não quis falar nesta ocasião. Interrogado sobre quando explicará publicamente os seus projetos para a pasta da Energia, respondeu: "Não hoje".

O primeiro-ministro, António Costa, deixou o Palácio de Belém pelas 11:20, para viajar para Bruxelas, onde irá participar na reunião do Conselho Europeu e na 12.ª Cimeira Ásia-Europa.

Esta recomposição do XXI Governo Constitucional, chefiado por António Costa, abrangeu os ministérios da Defesa, da Economia, da Saúde, da Cultura, do Ambiente, da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior e da Presidência - pela saída de Graça Fonseca de secretária de Estado deste ministério para assumir as funções de ministra da Cultura.

Outros oito até agora secretários de Estado abandonaram o Governo nesta remodelação: Marcos Perestrello (Defesa), Miguel Honrado (Cultura), Paulo Ferreira (Economia), Ana Teresa Lehmann (Indústria), Jorge Seguro Sanches (Energia), Fernando Araújo (Adjunto e da Saúde), Rosa Matos Zorrinho (Saúde) e Maria Fernanda Rollo (Ciência, Tecnologia e Ensino Superior).

Na segunda-feira, o chefe de Estado deu posse aos novos ministros da Defesa Nacional, da Economia, da Saúde e da Cultura, Graça Fonseca, que substituíram nesses cargos, respetivamente, José Azeredo Lopes, Manuel Caldeira Cabral, Adalberto Campos Fernandes e Luís Filipe Castro Mendes.

Além disso, na sequência de uma alteração orgânica, o ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, tomou posse como ministro do Ambiente e da Transição Energética, pasta até então no Ministério da Economia.

Com esta remodelação, a terceira a nível ministerial e a mais abrangente desde a posse do executivo minoritário do PS, em 26 de novembro de 2015, o Governo ficou com menos um ministro, passando a ter 16, dos quais quatro mulheres, e com mais um secretaria de Estado, num total de 44.

(Notícia atualizada às 12:04)