O Falcon da Força Aérea Portuguesa que transportou, com Marcelo Rebelo de Sousa, o ministro da Defesa, Gomes Cravinho, e o Chefe do Estado-Maior do Exército, José Nunes da Fonseca, chegou cerca das 15:00 (11:00 em Lisboa) à base onde estão a tropas da missão Resolute Support (RS), da Aliança Atlântica.

Após a chegada, Marcelo foi almoçar com os militares, em que fez um discurso para elogiar a missão dos portugueses - um total de 213 homens e mulheres, o maior número dos quais (154) são a Força de Reação Rápida na base militar de Cabul, de resposta a qualquer situação de perigo ou emergência.

O comandante supremo das Forças Armadas elogiou o trabalho das forças, apesar de este grupo, o quarto contingente desde 2017, estar há apenas um mês e meio em missão e agradeceu-lhes o esforço neste tempo de Natal, “de família e da família militar”.

O Presidente falou às tropas para dizer que estava ali, na cantina, numa “festa dupla de família, de família portuguesa e de família militar”.

E disse mesmo que este almoço, com os militares destacados, “vale tanto quanto o jantar que irá ter, dentro de dois dias, com os filhos e os netos”.

A cerca de 7.000 quilómetros de Portugal, o Presidente da República justificou que o país “não se defende apenas nas fronteiras”, mas sim em missões como esta, da NATO, de estabilização do Afeganistão.

De seguida, inaugurou um monumento em honra dos mortos portugueses no Afeganistão – Roma Pereira, em 2005, e Oliveira Pedrosa, em 2007 - uma réplica em tamanho pequeno do memorial pelos mortos da guerra colonial, que existe em Belém, Lisboa.

No final, antes do ‘briefing’ com os comandantes da força portuguesa, houve oportunidade para, em ambiente descontraído, fazer umas dezenas de “selfies”.

“E agora, não fazemos uma ‘selfie’?”, perguntou o Presidente que é também comandante supremo das Forças Armadas.

O regresso do Presidente da República e comitiva a Portugal deu-se cerca das 18:40.

Por razões de segurança, só a essa hora, e já depois de o avião com Marcelo ter descolado, foi divulgada oficialmente a visita do Presidente português pelas autoridades.

Os militares portugueses garantem a segurança do perímetro da base da NATO em Cabul, ocupam postos de vigia na parte norte do aeroporto Hamid Karzai, fazem patrulhas, escoltas a pessoal e material, protegem instalações e pessoal durante situações de risco.

Além disso, dão formação e treino a tropas afegãs na escola de operações especiais e de artilharia.

Esta força nacional destacada, a quarta desde o início da missão, está em Cabul desde outubro.

A `Resolute Support Mission´ começou em 2015 no âmbito do combate ao terrorismo, e visa o treino, aconselhamento e apoio às forças militares e de segurança e o fortalecimento das instituições do Afeganistão, contando atualmente com cerca de 16 mil militares de 41 países.

A RSM sucedeu à ISAF (Força Internacional de Apoio à Segurança) na qual Portugal participou com cerca de 3.200 militares em 12 anos.

A NATO está presente no Afeganistão com mandato da ONU desde 2003, a pedido dos EUA, na sequência do ataque terrorista naquele país em 11 de setembro de 2001.

(Artigo atualizado às 17:52)

Porque o seu tempo é precioso.

Subscreva a newsletter do SAPO 24.

Porque as notícias não escolhem hora.

Ative as notificações do SAPO 24.

Saiba sempre do que se fala.

Siga o SAPO 24 nas redes sociais. Use a #SAPO24 nas suas publicações.