Num texto com o título "Grunhos do futebol" publicado no Facebook axadrezado, o dirigente começa por referir que tem "saudades de programas que falavam e mostravam realmente o que interessava", algo que, na sua ótica, hoje não se verifica.

"Hoje em dia esperava que se mostrasse mais futebol. Infelizmente, não é assim. E vez de futebol, colocam três personagens, em conversas de café, com agendas devidamente elaboradas por gabinetes de comunicação, a canibalizarem-se, arrastando para a lama todos os outros que competem com os clubes que dizem defender", acusa.

Vítor Murta, um advogado de 43 anos que em dezembro último foi eleito presidente do Boavista, tendo sucedido a João Loureiro, que não se recandidatou, considera que esses personagens, que não identifica, "não defendem nada nem ninguém".

"Ao invés, estes senhores que gravitam nas televisões destroem aquilo que todos nós amamos. Generalizo, porque o princípio e o formato é o mesmo: conversas de café", reforça, admitindo, contudo, que "há exceções nesses painéis" televisivos dedicados ao futebol, que reúnem, de um modo geral, comentadores apenas dos três grandes clubes.

O presidente boavisteiro prossegue afirmando quem nesses programas, "há gente que é capaz de ver para além de um torneio triangular".

"Mas na cabecinha de alguns grunhos nada existe para além de três clubes, e quando um clube fora desse sistema perde ou ganha a este ‘triunvirato’ é sempre posto em causa, ou porque facilita ou porque se esforça em demasia... Nada mais errado", sentencia, sem nunca, porém, fornecer pistas sobre o alvo concreto desta sua posição.

Vítor Murta salienta que o Boavista trabalha "por um futebol verdadeiro sem ordinarices e sem grunhisses".

"Como presidente, estarei sempre na linha da frente intransigentemente a defender o Boavista, por conseguinte agiremos nos locais próprios contra todos aqueles que coloquem em causa a honra e o bom nome da instituição, dos seus profissionais e dos boavisteiros", adverte.