Uma carta aberta assinada por responsáveis editorias de órgãos de comunicação social como Le Monde, Le Figaro, Libération, Le Parisien ou France Info, entre outros, acrescentam que nenhum outro chefe de Estado adotou o mesmo sistema em “respeito” pela liberdade de imprensa.
“Numa altura em que a desconfiança ganha terreno sobre a informação, escolher aqueles que vão acompanhar as viagens [presidenciais] contribuiu para aumentar a confusão entre a comunicação e o jornalismo e prejudica a democracia”, refere o texto que também é assinado pela BFMTV, France Presse, France Inter e M6.
A carta aberta foi divulgada depois de o presidente francês ter escolhido os jornalistas dos diferentes órgãos de comunicação social que o acompanham numa viagem oficial ao Mali, onde vai visitar as tropas francesas estacionadas no país.
Para os subscritores do protesto também não pode ser imposto um número limitado de jornalistas para este tipo de cobertura noticiosa.
“Não é da competência do Palácio do Eliseu escolher aqueles que, entre nós, têm o direito de fazer a cobertura de uma viagem”, acrescentam.
Para os responsáveis dos meios de comunicação social franceses, não podem ser nem o presidente nem os colaboradores “a decidirem o funcionamento interno das redações, escolher a forma de trabalhar ou os pontos de vista”.
“Estas decisões são das direções e das redações”, indica a carta aberta de protesto contra o Palácio do Eliseu.
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