“Hoje ordenei que se completem os procedimentos para a conclusão do Centro Kedem para mostrar os achados históricos e arqueológicos da Cidade de David”, disse Netanyahu a propósito das instalações, que ficarão situadas no bairro palestino de Silwan, nos arredores da cidade Velha de Hebron, refere um comunicado oficial do chefe de governo israelita.
Segundo a Organização Não-Governamental (ONG) israelita Betselem, o projeto foi aprovado em abril de 2004, na altura em que alertou para a construção deste complexo na zona oriental de Jerusalém.
“Todo o mundo verá a verdade e os primeiros visitantes que convidarei serão a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco) e as delegações da Organização das Nações Unidas (ONU)”, acrescenta a nota do primeiro-ministro de Israel.
Na sexta-feira, a Comissão de Património Mundial da Unesco declarou a cidade velha de Hebron, na Cisjordânia ocupada, “zona protegida” enquanto “local de valor universal, excecional”.
Em reação à decisão da Unesco, o chefe do governo israelita fez saber que ia diminuir os fundos que Israel destina ao organismo.
“Decidi reduzir um milhão de dólares (perto de 877.144 euros) das quotas de Israel para as Nações Unidas e transferi-los para a construção de um Museu do Património do povo judeu em Kiryat Arba (colonato) e Hebron”, assinalou durante a reunião de ministros.
Na sexta-feira, a Unesco decidiu também inscrever, na lista de património em perigo, a Mesquita de Ibrahim, considerado o túmulo dos patriarcas para os judeus. Trata-se do templo onde, segundo a tradição, repousam os restos de Abraão, o primeiro dos patriarcas do judaísmo e também da religião muçulmana.
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