
O filho mais novo do rei Carlos III era, até esta semana, padrinho da ONG Sentebale, um compromisso caritativo que manteve após romper com a monarquia britânica em 2020.
Na terça-feira, Harry anunciou que renunciava à função de padrinho da ONG, criada em memória da sua mãe, a princesa Diana, para ajudar os órfãos da sida.
A decisão, tomada em conjunto com o cofundador da Sentebale, o príncipe Seeiso de Lesotho, foi em "solidariedade" com os cinco membros do Conselho de Administração que renunciaram pelo conflito de Harry com a presidente da instituição, assinalou Harry.
Estas cinco pessoas exigiam a saída da presidente Sophie Chandauka, de 47 anos, uma advogada do Zimbábue que ocupa o cargo desde julho de 2023.
Chandauka tentou impedir a retirada ao levar o caso ao Alto Tribunal de Londres, o que provocou a renúncia coletiva.
Harry difundiu "informação prejudicial para o grande público sem me informar a mim, ou aos meus diretores nacionais, nem a meu diretor-executivo", disse Chandauka à rede de televisão Sky News, numa entrevista que será exibida integralmente neste domingo. "É um exemplo de assédio e intimidação em larga escala", frisou.
Por sua vez, Kelello Lerotholi, ex-membro do Conselho de Administração, rejeitou essas acusações nessa mesma rede de televisão.
Esta semana, Chandauka afirmou em comunicado que "ousou denunciar", entre outros problemas, o "abuso de poder, a intimidação, a misoginia" e o racismo contra mulheres negras na ONG.
Harry cofundou a Sentebale quando tinha 21 anos para continuar o trabalho da princesa Diana, muito comprometida na luta contra a Sida.
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