O anúncio foi feito pelo Supremo Tribunal de Justiça (STJ), através de um comunicado publicado na página web sob o título “Tribunal contra o terrorismo privou de liberdade um grupo de cidadãos pelos acontecimentos da Cota 905 (oeste de Caracas).
Estes cidadãos, segundo o STJ, foram detidos durante a operação policial “Cacique Índio Guaicaipuro”.
Segundo o STJ todos detidos vão ser acusados do crime de associação para cometer delito.
Vinte e um deles vão responder também por “uso de adolescente para cometer delito”, 14 por terrorismo, 13 por tráfico ilícito de armas, cinco por resistência à autoridade e três por encobrimento (ocultação).
Um dos detidos será ainda acusado de tráfico de explosivos, um por tráfico de munições e um por legitimação de capitais.
O adolescente será acusado de “terrorismo agravado em grau de cooperador imediato, associação para cometer delito, e tráfico de armas em modalidade de ocultamento”.
Entretanto, um tribunal de Caracas ratificou a prisão preventiva do deputado opositor Freddy Guevara (eleito em 2015), ordenando que permaneça no cárcere de El Helicoide, em Caracas, controlada pelo Serviço Bolivariano de Inteligência Nacional (SEBIN, serviços de informação).
Na segunda-feira, as autoridades venezuelanas tentarem, sem sucesso, deter o líder político opositor Juan Guaidó. Acabaram por deter, entretanto, o ex-vice-presidente do parlamento, o oposicionista Freddy Guevara.
Segundo o Ministério Público (MP) da Venezuela Freddy Guevara será acusado dos crimes de “atentado contra a ordem constitucional, associação para cometer um crime e traição à pátria”, adianta-se.
As acusações contra o político, segundo o MP, têm a ver com “as suas ligações a grupos extremistas e paramilitares associados ao Governo colombiano”.
Freddy Guevara, de 35 anos, foi acusado pelas autoridades locais de instigar à realização de protestos antigovernamentais em 2017. Em setembro de 2020 obteve liberdade plena quando o Presidente Nicolás Maduro concedeu um indulto a uma centena de presos políticos, no âmbito de negociações com a oposição.
Militante do partido opositor Vontade Popular (centro-esquerda) esteve refugiado na embaixada do Chile em Caracas durante três anos.
Entretanto, o presidente do parlamento (eleito em 2020 e de maioria chavista), Jorge Rodríguez, apelou ao Ministério Público para deter o chefe de gabinete da equipa de Juan Guaidó, Luís Somaza, e os dirigentes Emílio Graterón, Hasler Iglesias e Gilber Caro, do partido Vontade Popular (centro-esquerda).
Domingo, durante um discurso transmitido pela televisão estatal venezuelana, o Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou que nas próximas horas seriam conhecidos “elementos, provas, da articulação da ultradireita golpista” com situações de violência ocorridos em Caracas.
Segundo Nicolás Maduro, a oposição tinha um plano para provocar “uma insurreição popular armada desde os bairros de Caracas” e gerar “uma guerra civil entre venezuelanos”.
Comentários