“É uma praga devastadora a nível dos tubérculos, nos campos como em armazém. Destrói as culturas quase por inteiro e, por esse motivo, nós estamos muito preocupados porque esta situação poderá levar a efeitos económicos muito graves […]. Uma das nossas principais lutas é que, se a praga entrar [em Portugal], possa haver alguma compensação para os produtores e armazenistas”, disse Sandra Pereira, em declarações à Lusa.
E prosseguiu: “Esta é uma praga de quarentena. Como o nome indica, a origem é da América Central. Veio para as Canárias e, posteriormente, entrou no norte de Espanha. Existe o risco de chegar a Portugal devido até aos circuitos comerciais”.
De acordo com a responsável, Portugal já tem um plano de contingência para a praga, da responsabilidade da Direção Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV), que prevê “medidas de contenção e monitorização da praga”, de forma a prevenir a sua chegada a Portugal ou a minimizar os estragos.
“Se a praga entrar em Portugal, deverão ser tomadas medias muito drásticas”, alertou.
No entanto, a secretária-geral da Porbatata referiu que, neste momento, a única medida que pode ser tomada é a prevenção, sublinhando que esta praga confunde-se com a vulgar traça da batata, o que dificulta a identificação por parte dos produtores.
“A DGAV e o Ministério da Agricultura estão a fazer a monitorização e têm colocado armadilhas nas zonas de possível entrada do inseto. É o que pode ser feito neste momento”, sublinhou.
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