“Portugal lovely place to visit, terrible place do live” (Portugal, um país lindo, terrível para viver), “SOS Portuguese schools in danger” (SOS Escolas portuguesas estão em perigo) , “Professor obrigado a emigrar 2023”, “Não matem a escola pública”, “Educação é um dever do estado, não é opção”, “Welcome do the country where teachers are becoming slaves” (Bem-vindo ao nosso país, onde os professores estão a tornar-se escravos), “Portuguese teachers demanding better public school” (Professores portugueses exigem melhores escolas públicas) foram algumas das frases inscritas em cartazes que cerca de 30 professores mostraram no protesto junto ao Aeroporto Sá Carneiro, na Maia, distrito do Porto.

Em declarações à Lusa, Joaquina Carvalho, professora e apoiante do Movimento PEP – Professores Pela escola Pública -, explicou que os aviões de papel foram lançados as 6:23 (da tarde) como um ato simbólico “por causa dos seis anos, seis meses e 23 dias que não foram recuperados para a progressão da carreira e para a reforma”.

Os turistas que iam chegando ao longo da tarde, de Viena (Áustria), Carcassone (França), Dusseldorf (Alemanha), Zurich (Suíça), Lyon (França) ou Genebra (Suíça) iam recebendo os postais de boas-vindas vindas com frases em português, francês, inglês e espanhol.

“Olá, Eu sou o Ministro da Educação. Sabe que em Mafra poderá visitar o Palácio Nacional de Mafra. Apenas a 840 metros existem duas escolas superlotadas, onde começam a faltar professores para dar aulas a tantos alunos! Será porque foram roubados em 6 anos, 6 meses e 23 dias? Ou porque não progrediram na carreira? Ou porque estão imersos em papéis?”, era a frase que se podia ler no postal de boas-vindas.

Carlijn Bartel, turista neerlandesa que veio ao Norte para fazer surf e aproveitar o sol e a vida calma de Espinho, recebeu o postal de boas-vindas em inglês e conta à Lusa que nos Países Baixos o problema da falta de professores é igual.

“Na Holanda há também professores da lutar por direitos e os salários, porque há falta de professores que buscam outras profissões que pagam melhor”, declarou Carlijn Bartel.

Distribuíram várias centenas de Postal de boas vindas em português , francês, inglês e espanhol e dezenas de agora de papel que vai ser lançadas as 6:23 por causa dos seis anos, seis meses e 23 dias que nao foram recuperados para a progressão da carreira e para a reforma, Joaquina Carvalho, apoiante da organização .

“A escola unida jamais será vencida” e “governo escuta, a escola está em luta”, “não paramos, não paramos, não paramos, não paramos”, eram as frases gritadas pelos manifestantes.

Para dar conta do estado do país a que chegam que é muito atrativo turisticamente , mas cujo nao acautela infinito da educação no país , apesar de todos os indicadores da gravidade da situação e que tem mobilizado os professores há meses , mas não sido ouvidos na prática.

Fátima Gomes, professora de português no secundário no Agrupamento de escolas de Barcelos, adiantou, por seu turno, que há muitos colegas mobilizados no Norte que não apareceram hoje no protesto, porque estão a preparar uma ação de protesto que vai ocorrer no domingo, no Jardim do Palácio de Cristal, no Porto, onde o PS vai estar a celebrar o 50.º aniversário.

Os professores têm em curso uma ronda de greves por distrito que começou esta segunda-feira.

A greve dos professores por distritos vai decorrer até 12 de maio, percorrendo, pelo meio, todos os distritos do país por ordem alfabética inversa (de Viseu a Aveiro), prevendo-se que cada dia de luta comece às 12:00, sem que tenham sido decretados serviços mínimos.

Em vez de haver um pré-aviso de greve para os 18 dias úteis, cada uma das nove organizações apresenta um pré-aviso para cada um dos dias de luta.

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