O presidente da Comissão Distrital de Vila Real da Proteção Civil, Fernando Queiroga, explicou que “há corporações [de bombeiros] que já estão praticamente inoperacionais, pois não têm materiais de proteção individual”.

“As autoridades competentes estão preocupadas sobretudo na questão dos equipamentos, principalmente nos bombeiros, que estão a entrar em rotura”, alertou.

Fernando Queiroga explicou que, na fase de mitigação face à pandemia covid-19, todas as chamadas para o Centros de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) são consideradas como suspeita de infeção.

“Os bombeiros têm de ir às ocorrências com o equipamento de proteção e há corporações que praticamente não têm”, sublinhou.

A reunião da Comissão Distrital de Proteção Civil de Vila Real decorreu hoje por videoconferência e, além do problema dos bombeiros, o responsável alertou ainda para a falta de equipamentos nos profissionais de saúde e em funcionários das IPSS e das misericórdias do distrito.

A situação dos lares de idosos foi outro dos pontos focados como de “grande preocupação”.

Para o também presidente da Câmara de Boticas, a experiência que está a ser vivida no lar no concelho de Vila Real, onde foram identificadas 88 pessoas com covid-19, em 99 testes realizados, entre as quais 68 utentes e 20 funcionários, faz com que “esteja tudo sensibilizado”.

“Está tudo sensibilizado para que existam equipamentos de segunda linha, se for preciso mobilizar os utentes para um espaço destes”, garantiu.

Foi também reforçada na reunião a necessidade de serem mantidos os turnos de 15 em 15 dias para os funcionários das IPSS e misericórdias, para que sejam mantidas as mesmas equipas de trabalho, acrescentou.

O autarca de Boticas, manifestou ainda a “preocupação dos autarcas” por não estar a ser equacionado um centro de diagnóstico à covid-19 na Comunidade Intermunicipal (CIM) do Alto Tâmega.

“As que estão equacionadas estão todas na linha do douro e nenhuma na CIM Alto Tâmega”, apontou.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou cerca de 540 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram perto de 25 mil.

Em Portugal, registaram-se 76 mortes, mais 16 do que na véspera (+26,7%), e 4.268 infeções confirmadas, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, que identificou 724 novos casos em relação a quinta-feira (+20,4%).

Dos infetados, 354 estão internados, 71 dos quais em unidades de cuidados intensivos, e há 43 doentes que já recuperaram.

Portugal, onde os primeiros casos confirmados foram registados no dia 02 de março, encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de 19 de março e até às 23:59 de 02 de abril.

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