De acordo com o relatório publicado semanalmente, a taxa de incidência da gripe foi de 113,3 casos por cem mil habitantes, na semana de 19 a 25 de dezembro.

Na semana precedente, de 12 a 18 de dezembro, a atividade gripal estava baixa, mas com tendência para crescer, tendo-se registado 74,9 casos por cem mil habitantes e identificados 36 vírus da gripe do subtipo A (H3).

Entre 19 e 25 de dezembro foram identificados 32 vírus da gripe [do subtipo A (H3)].

O boletim indica ainda que foram reportados, na semana passada, 14 casos de gripe, por parte de 22 unidades de cuidados intensivos hospitalares que enviaram informação, sendo que em cinco (35,7%) doentes foi identificado o vírus influenza A (H3) e nove (64,3%) não foram subtipados.

De acordo com o boletim, verificou-se que sete (50%) doentes eram do sexo masculino, 12 (85,7%) tinham 64 anos e dois (14,3%) tinham entre 15 e 64 anos.

No relatório é referido que três (25%) doentes estavam vacinados contra a gripe sazonal e todos eram portadores de doença crónica.

Na semana a que se refere este boletim não foram registados óbitos.

Desde o início da época gripal, em outubro, foram comunicados 48 casos de gripe admitidos em unidades de cuidados intensivos, tendo sido até ao momento reportados sete óbitos (14,6%).

Na semana de 19 a 25, o valor médio da temperatura mínima do ar foi de 3,2 graus Celsius, muito inferior ao normal (1971-2000) para o mês de dezembro, é indicado no boletim.

Segundo o relatório, houve um aumento da atividade gripal na região europeia para 38% (tinha sido 28% na semana anterior).

A época gripal 2016-2017 começou em outubro e termina em meados de maio.

Centros de saúde abertos este fim de semana para responder à gripe

Quarenta e seis centros de saúde estarão abertos no próximo sábado e 19 no domingo na Região de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo para responderem ao aumento da procura devido à gripe.

Em declarações à agência Lusa, o vice-presidente da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT), Luís Pisco, confirmou uma “grande afluência” aos centros de saúde e aos hospitais devido à gripe, que “chegou mais cedo” este ano.

“Os centros de saúde têm uma rede para atender casos de doença aguda, à qual as pessoas podem recorrer se não tiverem necessidade de ir ao hospital”, disse.

Segundo Luís Pisco, durante os dias da semana existem 31 locais da região que estão abertos depois das 20:00.