Fonte da direção dos socialistas adiantou à agência Lusa que estes serão dois dos temas centrais da primeira reunião da Comissão Nacional do PS após o congresso de Portimão (que se realizou em 28 e 29 de agosto) e que acontecerá dois dias antes de o Governo proceder à entrega da proposta de Orçamento do Estado para 2022 no parlamento.

Em relação aos resultados das autárquicas de domingo, em que o PS ganhou 149 câmaras (uma delas em coligação), mas perdeu Lisboa, Coimbra e outros centros urbanos, o secretário-geral, António Costa, tem defendido a tese de que o seu partido venceu pela terceira vez seguida estas eleições, mantendo-se como a força política que tem mais câmaras e mais juntas de freguesia.

Hoje, em Oeiras, na qualidade de primeiro-ministro, também afastou qualquer ideia de remodelação do seu Governo na sequência das eleições autárquicas, embora em estilo de graça tenha também dito que com “a chegada do inverno” tudo se “refresca”.

António Costa tem assim rejeitado a tese de que o resultado das eleições de domingo pode contribuir para que se percecione a ideia de que está em curso uma mudança de ciclo político em Portugal, com reforço das forças à direita do PS, sobretudo do PSD, e queda da esquerda.

Perante os jornalistas, hoje também, o líder socialista atribuiu um caráter local às causas da derrota da coligação PS/Livre encabeçada pelo presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, considerando que se verificou “uma vontade de mudança” por parte dos lisboetas, tal como aconteceu consigo em 2007, quando conquistou a autarquia da capital aos sociais-democratas.

Já em matéria de Orçamento do Estado para 2022, António Costa tem-se manifestado confiante em relação às condições políticas para uma viabilização à esquerda da proposta do Governo, mas advertindo ao mesmo tempo que seria "impensável" um cenário de crise política em Portugal, num momento em que o país "está a sair das graves crises sanitária e económica" provocadas pela pandemia de covid-19.

No que respeita à eleição dos órgãos nacionais de direção do PS, não se espera que o líder dos socialistas introduza mudanças profundas, sobretudo depois de ter promovido em congresso a existência de uma lista única para a Comissão Nacional deste partido, algo que não acontecia desde 2014.

Os membros da Comissão Nacional do PS vão eleger primeiro a Comissão Política, sendo depois eleito o Secretariado Nacional (o órgão de direção) e a Comissão Permanente do partido, que existe sempre que os socialistas se encontram no Governo.

Tal como aconteceu com a Comissão Nacional, fonte da direção dos socialistas disse esperar que também haja lista única para a Comissão Política do PS.

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