"Depois de o ouvir, não tenho dúvida nenhum de que a geração a que o senhor pertence está de cabeça perdida", afirmou Berta Cabral no plenário do parlamento, no segundo dia da discussão na generalidade da proposta de Orçamento do Estado (OE) para 2017.
A afirmação da deputada social-democrata, que falava após a intervenção do deputado do PS e líder da JS, João Torres, provocou protestos e Berta Cabral disse logo a seguir: "Vou repetir: o senhor deputado da JS está de cabeça perdida. A geração a que o senhor pertence já percebeu que o senhor está de cabeça perdida".
João Torres, que tinha feito uma intervenção de defesa do Orçamento nomeadamente na área da educação, ciência e tecnologia, respondeu: "Os jovens portugueses compreenderam bem que durante o período de governação em que a senhora deputada teve oportunidade de participar foram humilhados, o que nós não esperávamos é que com vossas excelências na oposição fossemos insultados como a senhora deputada aqui fez hoje".
O deputado socialista defendeu, na sua intervenção, que o Orçamento do Estado "traz boas notícias para a juventude portuguesa" e argumentou que "não há um só português que não se recorde da governação da direita, não há um só português que não se recorde do desinvestimento na educação".
"Não há um só português que não se recorde dos cortes no ensino superior", declarou.
Berta Cabral combateu os argumentos de João Torres: "Vem falar de educação, vem falar de muita parra e pouca uva e, na verdade, há menos 140 milhões de euros nas rubricas da educação".
"Vem falar de emprego e 50% do emprego criado é precário. O que nos traz? Uma mão cheia de nada", afirmou.
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