“Não aceitaremos isso de forma alguma e julgamos que se aproxima de uma brincadeira de mau gosto”, afirmou Rui Rio, numa declaração aos jornalistas no parlamento, convocada pouco antes da reunião da Comissão Permanente para expressar esta posição.

Para Rui Rio, “é absolutamente indiscutível que, do ponto de vista ideológico, a IL se situa “à direita do PSD, que é um partido social-democrata”.

Na quarta-feira, foi conhecida a pretensão da Iniciativa Liberal se sentar ao centro do hemiciclo, que já foi apresentada formalmente na conferência de líderes, mas que só será discutida na próxima reunião deste órgão, marcada para dia 16.

Perante estas declarações públicas, Rui Rio manifestou a posição “clara e inequívoca” do PSD contra esta alteração de posicionamento dos lugares na Assembleia da República e justificou.

“A IL é um partido que defende uma privatização forte da economia, da Caixa Geral de Depósitos, da RTP, do Serviço Nacional de Saúde, da Segurança Social. Com isto não estou a criticar nem a aplaudir, estou a constatar, defende exatamente o contrário do PCP”, apontou.

Sobre a liderança da bancada do PSD ou as indicações do partido para cargos parlamentares, Rio remeteu “para a altura própria” esses anúncios, apenas esclarecendo que não será ele próprio a assumir a presidência da bancada transitoriamente, como fez no passado.

“Isso não admito”, afirmou Rio, que está de saída da liderança do PSD e admitiu ficar, no máximo, até ao início de julho, remetendo para o Conselho Nacional a marcação das próximas eleições diretas que irão escolher o seu sucessor.

Já perguntado se admite que a solução pode passar pela continuidade do atual líder parlamentar, Adão Silva, até que se resolva a sucessão na presidência do partido, Rio escusou-se a responder.

“Não tenho rigorosamente mais nada a dizer”, afirmou.

(Notícia atualizada às 16h51)