De acordo com o chefe do Núcleo de Imprensa e Relações Públicas do Comando Metropolitano de Lisboa (COMETLIS), comissário Artur Serafim, o alerta para um ajuntamento de pessoas no Parque de Estacionamento da Pastorinha, junto à praia de Carcavelos, no concelho de Cascais e distrito de Lisboa, foi dado cerca das 00:30.

Para o local as autoridades deslocaram viaturas de várias valências, nomeadamente da ordem pública, e a dispersão decorreu “sem qualquer tipo de incidentes, de forma ordeira e pacífica”.

“A questão é que demorou quase duas horas, uma vez que as pessoas se deslocavam do parque de estacionamento, formando pequenos ajuntamentos no areal, levando a uma intervenção da PSP com a Polícia Marítima para que as pessoas abandonassem o local”, disse.

Ninguém foi detido ou identificado, salientou.

“Nós, PSP, estamos bastante atentos a este tipo de eventos, nos quais vamos intervir de forma bastante ponderada e apelamos a todas as pessoas, principalmente os jovens, que não adiram a este tipo de eventos, porque estamos numa altura pandémica, e que devem seguir as normas da Direção-Geral da Saúde”, acrescentou.

A festa ocorreu numa fase em que se somam ajuntamento sociais organizados à revelia das medidas de saúde pública impostas. O caso mais gravoso deu-se a 7 de junho, com uma festa de caráter ilegal organizada no salão de festas do clube desportivo de Odiáxere, em Lagos, alegadamente para festejar um aniversário.

Como resultado dessa festa, o número de infetados subiu para 90, casos que são maioritariamente de residentes no concelho, disse ontem a delegada regional de saúde do Algarve, em conferência de imprensa.

Este tipo de ajuntamentos mereceu ontem um reparo da ministra da Saúde. Em conferência de imprensa, Marta Temido disse que “os portugueses fizeram sacrifícios enormes nos últimos meses” e “o Ministério da Saúde e o Governo não irão correr o risco de deixar que esse esforço seja desperdiçado”.

“O comportamento individual é a melhor forma de cada um se proteger a si, proteger os mais expostos e vulneráveis, proteger o sistema de saúde. Isto é uma maratona não é um sprint”, disse, avisando: “não é possível baixar a guarda e estão redondamente enganados aqueles que pensam que podem regressar às suas vidas na normalidade anterior”.

“Isso só acontecerá quando uma vacina ou um tratamento eficaz forem descobertos. Daqui até lá, não hesitaremos em utilizar as medidas de saúde pública necessárias a que a supressão de doença seja efetivamente adquirida, conquistada para todos e disseminada”, assegurou Marta Temido.

Para combater o surto continuado de covid-19 por conter na Área Metropolitana de Lisboa (AML), a ministra da Saúde anunciou ontem uma reunião, na próxima segunda-feira, que juntará o primeiro-ministro e os presidente dos cincos municípios da AML que inspiram maior preocupação de focos de infeção da doença.

Portugal contabiliza pelo menos 1.527 mortos associados à covid-19 em 38.464 casos confirmados de infeção, segundo o último boletim da Direção-Geral da Saúde (DGS).

A Região de Lisboa e Vale do Tejo tem atualmente o maior número de infetados diários.

Entre as medidas para prevenir o contágio, o Governo estipulou que ajuntamentos com mais de 20 pessoas estão proibidos.

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