“Quero enfatizar que as eleições, tanto as locais quanto as regionais, em setembro deste ano, e as presidenciais, em 2024, vão acontecer em estrita conformidade com a lei, respeitando todos os procedimentos democráticos constitucionais”, afirmou Putin.
Dirigindo-se às duas câmaras do parlamento pela primeira vez em quase dois anos, Putin referiu-se à controversa reforma constitucional de 2020, que lhe permitirá concorrer à reeleição em 2024 e 2030.
Putin, de 70 anos, chegou ao poder em 2000, foi reeleito em 2004, serviu quatro anos como primeiro-ministro, voltou à presidência russa (Kremlin) em 2012 e foi reeleito novamente em 2018.
Alguns analistas apontam que, em caso de derrota na “campanha militar” na Ucrânia ou de declaração da lei marcial, as eleições presidenciais podem ser adiadas indefinidamente.
O líder da oposição russa, Alexei Navalny, que está preso há vários anos, garantiu na segunda-feira que a Rússia está a sofrer uma “derrota militar” na Ucrânia e apresentou um programa político para um período pós-guerra sem Putin.
Navalny, que cumpre nove anos de prisão, defendeu que “a ditadura” de Putin “deve ser desmontada” nas urnas.
O dia escolhido para o discurso coincide com a data em que Vladimir Putin assinou o reconhecimento da independência das repúblicas separatistas de Lugansk e de Donetsk, na região do Donbass (leste ucraniano).
O dia escolhido pelo Presidente russo para fazer o seu discurso assinala o primeiro aniversário da mobilização do Exército russo para “manutenção da paz” nos territórios separatistas pró-russos no leste da Ucrânia, um prelúdio para o início da ofensiva militar contra a Ucrânia que aconteceria três dias depois.
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