“No centro de nossas conversações estará a consolidação do Irão na Síria. Estamos a agir contra ela, estamos a atacar as suas bases e continuaremos a agir contra eles. Falarei com o Presidente (Putin) sobre isso”, disse Netanyahu num vídeo divulgado pelo seu gabinete.
O chefe do governo israelita prometeu que o seu país “continuará a agir até que a Síria fique limpa de iranianos”, porque, acusou, “o Irão ameaça destruir Israel”, e Israel não permitirá que os iranianos “tenham uma base” próxima da sua fronteira com o país vizinho.
Inicialmente prevista para quinta-feira passada na capital russa, a reunião entre os dois líderes foi adiada por “acordo de ambas as partes”.
Em declarações à imprensa russa, o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia e representante especial de Vladimir Putin para o Médio Oriente e África, Mikhail Bogdanov, explicou que Netanyahu tinha adiado a reunião devido a “assuntos relacionados com as eleições” gerais que se realizam em 09 de abril, em Israel.
A última reunião entre os dois líderes ocorreu em 2018, na Cimeira da Paz, em Paris, após uma grave crise decorrente do abate de um avião russo, em setembro, pela Síria quando tentava repelir um ataque israelita, em que morreram 15 militares russos.
O exército da Rússia acusou os pilotos israelitas de terem usado o avião russo como cobertura para escaparem ao fogo sírio, o que Israel negou, argumentando que quando o avião foi atingido este já se encontrava em espaço israelita.
Em 2015, Israel e Rússia puseram em prática um mecanismo de redução de conflito de modo a evitarem confrontos entre os militares dos dois países na Síria.
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