"Vladimir Putin informou as medidas práticas tomadas pela parte russa para retirar a população civil, para enviar ajuda humanitária e prestar assistência médica aos habitantes da Síria", segundo um comunicado divulgado pelo Kremlin.
De acordo com a nota, os três líderes felicitaram a aprovação da resolução do Conselho de Segurança da ONU, na noite de sábado, que exige às partes beligerantes uma trégua imediata de trinta dias em toda a Síria.
Neste contexto, Putin enfatizou que a "suspensão das ações militares não se estende às operações contra grupos terroristas", acrescentou o comunicado da Presidência russa.
O documento indicou que as partes concordaram em "ativar o intercâmbio de informações através de diferentes canais sobre a situação na Síria".
Por outro lado, a Rússia pediu hoje aos países que apoiam a oposição síria para exercer a sua influência sobre esses grupos para assegurar o cumprimento da resolução do Conselho de Segurança da ONU.
“Confiamos que os apoiantes estrangeiros dos grupos armados (da oposição) façam por fim o seu dever e garantam o cessar das atividades militares dos seus apoiados, para que o trânsito de comboios humanitários se faça o mais rápido e seguro possível”, assinalou um comunicado difundido pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros russo.
Nem o Ministério dos Negócios Estrangeiros russo e nem o Kremlin fizeram qualquer referência aos bombardeamentos de hoje contra a região de Ghouta Oriental, ocorridos após a aprovação da resolução da ONU, apesar dessa área dos arredores de Damasco estar expressamente incluída no documento das Nações Unidas.
Tanto Moscovo como Damasco sustentam que Ghouta Oriental é uma zona controlada pelas milícias da Frente Al-Nusra (aliada da Al-Qaida), assim poderão usar este argumento para justificar a campanha das forças do Governo sírio nessa região.
O Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH) denunciou a morte de pelo menos 510 pessoas, incluindo 127 crianças, na Síria nos últimos sete dias.
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