Citando dados do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), o INE refere que, no ano passado, foram concedidos 37.851 títulos de residência a estrangeiros (19.655 homens e 18.196 mulheres), mais 2.586 do que em 2014 (35.265).
O maior número de autorizações foi obtido pelos nacionais do Brasil (5.716), seguidos da China (2.575), da Roménia (2.569), de França (2.495) e de Cabo Verde (2.025).
Pela primeira, os nepaleses figuram entre as dez principais nacionalidades a quem foi concedido um título de residência.
O INE sublinha que, “desde 2010, a população estrangeira com estatuto de residente tem vindo a decrescer”, situando-se em 383.759 em 2015.
Segundo o estudo, “o padrão de posicionamento das nacionalidades da população com estatuto de residente (título de residência válido)” manteve-se, continuando o lugar cimeiro a ser ocupado pelos brasileiros (80.515), seguidos dos cabo-verdianos (38.346) e ucranianos (35.702).
Os nacionais do Reino Unido e de Espanha registaram um ligeiro aumento face a 2014, traduzido num peso relativo de 4,5% e 2,6% no total da população estrangeira com estatuto de residência.
Na distribuição por sexo, continuou a manter-se a maior representatividade das mulheres (51,4%), adianta o INE.
As estatísticas analisam também os movimentos migratórios, informando que, em 2015, o número de emigrantes permanentes (40.377) ultrapassou o de imigrantes permanentes (29.896), resultando num saldo migratório negativo de menos 10.481 pessoas.
Traçando o perfil dos emigrantes permanentes, o INE refere que 66% eram homens, 27.633 (68%) teriam como destino outro país da União Europeia e 12.744 um país terceiro (cerca de 32%).
Cerca de 58% tiveram como países de destino França, Reino Unido e Suíça
Comparando 2015 com 2010, verificou-se “um acentuado decréscimo” da proporção de jovens e um aumento da percentagem de emigrantes permanentes em idade ativa e idosos: 5% jovens, 94% de pessoas em idade ativa e 1% de idosos.
Relativamente aos níveis de escolaridade, os dados indicam que 43% teriam no máximo o 3º ciclo do ensino básico, 27% o ensino secundário ou pós-secundário e cerca de 30% o ensino superior.
Já do total de imigrantes permanentes 14.949 eram portugueses (cerca de 50%) e 14.947 estrangeiros. Destes, 6.352 eram nacionais de outro país da União Europeia e 8.595 de um país terceiro.
Analisando a situação demográfica em Portugal, o INE afirma que “continua a caracterizar-se pelo decréscimo da população residente, apesar do aumento da natalidade e da imigração, e do decréscimo da emigração”.
Em 2015, a população residente em Portugal foi estimada em 10.341.330 pessoas, menos 33.492 do que em 2014, o que representa uma taxa de crescimento efetivo de menos 0,32%.
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