O chefe da Divisão de Ligação de Assuntos Policiais e Relações-Públicas dos Serviços de Polícia Unitários da região chinesa, Cheong Kin Ian, disse que estiveram hoje nas ruas, “em atividades de patrulha e inspeção”, funcionários de 34 serviços públicos.

Até às 15:00 locais (08:00 em Lisboa), “foram feitos reparos” a 954 pessoas, em casos que “envolvem sobretudo passeio de animais de estimação, exercício na rua ou por não utilizarem adequadamente a máscara”, disse Cheong.

O chefe substituto da Divisão de Relações Públicas da Polícia de Segurança Pública (PSP) de Macau, Lei Tak Fai, reiterou que passear animais de estimação na rua não é considerada “uma atividade essencial”.

Hoje, o Instituto para os Assuntos Municipais de Macau tinha emitido uma nota em que referia que, durante o período de confinamento parcial, os donos podem levar os animais de estimação a consultas veterinárias.

Cheong Kin Ian sublinhou que, embora não tenham hoje sido aplicadas multas, as autoridades vão “reforçar a aplicação da lei, num momento posterior”.

“Todos os cidadãos têm de prestar atenção e respeitar as regras ou podem ser multados”, sublinhou o dirigente da PSP.

Macau encerrou, até 18 de julho, todas as atividades comerciais não essenciais, incluindo casinos, impondo ainda a utilização obrigatória de máscaras KN95 ou “de padrão superior”.

Segundo um despacho do chefe do executivo, estão excluídas da nova medida as entidades que “prestam serviços públicos essenciais”, como o fornecimento de água, eletricidade ou transportes públicos.

Também os mercados, supermercados, farmácias, estabelecimentos de prestação de cuidados de saúde e restaurantes são exceção às novas regras.

“Todas as pessoas têm de permanecer no domicílio, salvo por motivos de trabalho necessário e compra de bens básicos para a vida quotidiana ou por outros motivos urgentes”, nota-se ainda no despacho.

A violação destas regras pode ser punida com uma pena de prisão de até dois anos ou até 240 dias de multa.

No domingo, teve início uma nova série de quatro rondas de testagem massiva da população para controlar o atual surto de covid-19, que causou dois mortos e mais de 1.500 infetados.

Com esta nova ronda, o número de testagens massivas vai totalizar dez num só mês.

A população está obrigada também a realizar testes diários antigénio e a carregar a imagem com o resultado para uma plataforma ‘online’.

Milhares de pessoas estão em quarentena em hotéis e partes da cidade estão isoladas, um número que também tem crescido diariamente.

As autoridades têm sublinhado que seguem a política de Pequim de casos zero, mas afastam, para já, o cenário de confinamento geral, uma prática habitual no interior da China.