A associação liderada por João Branco lançou um apelo aos responsáveis políticos portugueses para que exijam uma meta europeia mais ambiciosa para 2030 para as energias renováveis, quando apresentarem a sua contribuição para a revisão da diretiva sobre o tema.
A posição da Quercus é avançada enquanto membro da Rede Europeia de Ação Climática (CAN-Europe, na sigla inglesa), que reúne mais de 130 organizações não-governamentais de ambiente, e realça que "a meta de 27% proposta para 2030 constitui um travão à transição energética na União Europeia (UE)".
A meta de 27% "significa estagnação" porque, de acordo com as projeções europeias, sem a aplicação de novas políticas, deverá ser obtida a quota de 24,3% de renováveis no consumo total de energia, mas sem o Reino Unido, passa para 25,3%, e, com o objetivo de chegar a 30% na eficiência energética, "a representatividade das renováveis será maior".
Quanto ao efeito no desemprego, a meta de 27% "iria implicar uma redução para metade no crescimento das energias renováveis", entre 2021 e 2030, o que "diminuirá o investimento em novas instalações, resultando na falência de muitas empresas e na perda de postos de trabalho", explica a Quercus, em comunicado.
O objetivo de ter 27% de energias renováveis, salienta, "significa gorar expectativas e o Acordo de Paris" porque foi fixado antes da cimeira internacional de 2015, em França, que juntou mais de 190 países na luta contra as alterações climáticas, tentando reduzir as emissões de gases com efeito de estufa.
A Quercus e a CAN-Europe consideram que a meta de 45% para as energias renováveis em 2030 "é o valor mínimo consistente com o Acordo de Paris e com a necessidade um sistema energético baseado no uso eficiente de energia 100% renovável em 2050", resumem os ambientalistas.
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