"A Comissão Coordenadora do Diaconado Permanente do Patriarcado de Lisboa tem acompanhado, com atenção e tristeza, as notícias das últimas semanas sobre a Igreja em Portugal, e a Igreja diocesana de Lisboa em particular, notícias essas geralmente acompanhadas de muitas especulações e inverdades, nomeadamente acerca do Patriarca de Lisboa", pode ler-se na nota hoje divulgada.

"Fazendo eco daquilo que muitos dos diáconos da diocese nos têm transmitido ao longo destes dias, e em total sintonia com a Nota do Secretariado Permanente do Conselho Presbiteral de Lisboa ontem divulgada, também nós queremos manifestar ao nosso Patriarca o nosso afeto e proximidade, bem como a nossa fidelidade e incondicional comunhão", é ainda referido.

No final da nota, assinada pelos diáconos Duarte João Oliveira, José Noronha Andrade e Laurentino Correia dos Santos, lê-se ainda uma prece para que "a Virgem Santa Maria, Mãe da Igreja e serva do Senhor, acompanhe o nosso Patriarca e toda a nossa diocese com a sua solicitude materna".

Na nota de ontem, o Secretariado Permanente do Conselho Presbiteral lembrava que "vivemos tempos exigentes em termos eclesiais". "Semana após semana, surgem notícias de abusos sexuais na Igreja em Portugal. Alguns são casos já investigados, outros até já julgados; uns condenados, outros arquivados", pode ler-se.

O documento notava ainda que a Igreja — e o Patriarcado de Lisboa — está "num caminho de conversão para que crimes destes nunca mais sejam encobertos, e que, de futuro, preventivamente, tudo se faça para que eles não se repitam".

Estas duas notas entretanto divulgadas surgem depois de se saber que D. Manuel Clemente foi recebido pelo Papa Francisco “em audiência privada”.

“O encontro, pedido pelo Cardeal-Patriarca de Lisboa, realizou-se num clima de comunhão fraterna e num diálogo transparente sobre os acontecimentos das últimas semanas que marcaram a vida da Igreja em Portugal”.

Esta deslocação surge na sequência da notícia do Observador que referia que o atual Cardeal Patriarca de Lisboa “teve conhecimento de uma denúncia de abusos sexuais de menores relativa a um sacerdote do Patriarcado e chegou mesmo a encontrar-se pessoalmente com a vítima, mas optou por não comunicar o caso às autoridades civis e por manter o padre no ativo com funções de capelania”. O caso remonta a 1999.

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