Pelo segundo ano consecutivo, devido à pandemia de covid-19, os exames nacionais realizados em 2021 continham várias perguntas opcionais e as provas não eram obrigatórias para a conclusão do secundário.
No entanto, no ano passado, aumentaram os itens de resposta obrigatória e diminuíram as perguntas opcionais em número e valorização e as notas desceram: Das 487 escolas observadas, 41 obtiveram média negativa nos exames realizados pelos seus alunos, ou seja, 91,6% teve média positiva.
A maioria dos “chumbos” aconteceu em escolas públicas: 38 num universo de 416 escolas públicas, contra três de escolas privadas num universo de 71 colégios.
Mas a média das notas das escolas públicas voltou a aproximar-se dos colégios, agora com uma diferença de 1,4 valores (numa escala de 0 a 20).
No ano passado, a média nacional dos alunos dos colégios foi de 12,7 valores (no ano anterior foi de 14,3) e das públicas foi de 11,3 valores (12,8 no ano anterior), segundo a análise da Lusa, que mostra uma descida da média geral das notas.
Com uma média de 16,16 valores nos 107 exames, o Colégio Efanor ultrapassou o Colégio Nossa Senhora do Rosário, no Porto, que nos últimos anos tem ocupado a melhor posição do 'ranking' elaborado pela Lusa, que exclui os estabelecimentos de ensino com menos de 100 provas e faz a média das notas dos alunos que realizaram provas do secundário.
Segue-se o Colégio Nova Encosta, em Paços de Ferreira (média de 15,96), e o Colégio D. Diogo de Sousa (15,84 valores).
O colégio Nossa Senhora do Rosário surge este ano em 4.º lugar, com uma média de 15,81 valores nos 413 exames realizados.
Com uma média de 13,58 valores nos 875 exames realizados, a primeira escola pública é a Escola Artística António Arroio, em Lisboa, e surge em 31.º lugar do 'ranking' geral, o que significa que as escolas públicas sobem ligeiramente na tabela geral em 2021, desta vez três lugares.
Destaca-se outra escola artística: a Soares dos Reis, no Porto, é a segunda escola pública com melhor média nos exames nacionais, com 13,35 valores, ocupando o 34.º lugar da tabela geral.
Numa comparação entre sexos, as alunas obtiveram uma média de 11,86 (no ano anterior foi de 13,25 valores), enquanto os rapazes tiveram 10,99 (em 2020 foi de 12,85 valores).
As raparigas obtiveram melhores resultados em dez das 14 disciplinas analisadas, conseguindo melhor média a todas as três Matemáticas, a Física e Química, mas também a Biologia e Geologia, Filosofia ou Português. A média dos exames realizados pelos rapazes foi mais alta a Inglês, História A, Geografia A e Geometria Descritiva.
Com a decisão de os exames deixarem de ser obrigatórios para a conclusão do secundário, voltou a haver menos alunos dos cursos científico-humanísticos a realizar, na 1º fase, os exames nacionais: Foram 111.4265 estudantes (menos 11% do que no ano anterior) e também foram menos provas (152.209 na 1.º fase, ou seja, menos 23% em relação ao ano anterior).
A maioria dos alunos que realizou provas em julho de 2021 pertence aos distritos de Lisboa (24%), Porto (16%), Braga (9%) e Setúbal (9%).
Viana do Castelo voltou a ser o distrito com a melhor média nos exames nacionais do ensino secundário de 2021 (11,98), seguindo-se o Porto e Viseu.
Lisboa surge em 10.º lugar com quase 50 mil exames realizados e uma média de 11,4 valores.
Mais uma vez, as médias dos alunos que realizaram as provas no estrangeiro foram as mais baixas (10 valores) assim como os dos Açores (10,83 valores).
Em termos de classificações médias, a maioria das classificações situou-se entre os 12 e os 13 valores (numa escala de 0 a 20), com a exceção de Biologia e Geologia, Geografia A, Matemáticas Aplicada às Ciências Sociais, Matemática A e Matemática B, cujas médias foram todas iguais ou inferiores a 11 valores respetivamente.
No caso da Física e Química A a média dos quase 33 mil exames analisados pela Lusa foi negativa (9,78 valores). Pela positiva destacaram-se as disciplinas de Inglês, com médias de 15 valores e Desenho A com 13,8.
Os dados mostram ainda que a maioria dos alunos que realizou provas (84%) não beneficiou de Apoio Social Escolar (ASE).
Notas descem mas públicas aproximam-se da média no privado
As notas nos exames nacionais desceram, mas os resultados dos alunos das escolas públicas estão mais próximos dos colégios e subiram ligeiramente no ‘ranking’ geral elaborado pela Lusa.
A escola pública com melhores resultados nos exames nacionais do secundário em 2021 foi a Escola Artística António Arroio, em Lisboa, segundo uma análise da Lusa a dados disponibilizados pelo Ministério da Educação, tendo em conta apenas estabelecimentos de ensino com mais de cem provas realizadas.
Numa listagem que junta os 487 estabelecimentos de ensino públicos e privados, os primeiros lugares voltam a ser ocupados por colégios aparecendo em 31.º lugar a primeira pública, a António Arroio, em Lisboa, com uma média de 13,58 valores nas 875 provas.
Em relação ao ano anterior, os estabelecimentos de ensino público sobem três lugares na tabela geral da Lusa.
No ano passado, as classificações médias mais elevadas nos exames foram obtidas precisamente pelos alunos do curso de Artes Visuais, variando entre os 14 e os 10 valores.
Na lista das escolas públicas, destaca-se outra escola artística: a Soares dos Reis, no Porto, é a segunda pública com melhor média nos exames nacionais, com 13,35 valores, ocupando o 34.º lugar da tabela geral.
Pelo segundo ano consecutivo, devido à pandemia de covid-19, os exames nacionais de 2021 tinham várias perguntas opcionais e as provas serviam essencialmente para acesso ao ensino superior. No entanto, no ano passado, houve menos perguntas opcionais e as notas médias baixaram.
Mas nas escolas públicas a descida média foi menos sentida aproximando-se um pouco mais da média dos privados, agora com uma diferença de 1,4 valores (no ano anterior foi de 1,5 valores).
A média nos colégios foi de 12,7 valores (em 2020 foi 14,3) e das públicas foi de 11,3 valores (12,8 no ano anterior), segundo a análise da Lusa.
Com mais itens de resposta obrigatória e menos perguntas opcionais em número e valorização, aumentaram as “chumbos”: Das 487 escolas observadas, 41 obtiveram média negativa nos exames realizados pelos seus alunos, ou seja, 91,6% tiveram média positiva.
Olhando apenas para as 416 escolas públicas analisadas, 38 “chumbaram”, e entre as 71 privadas, houve três “negativas” nas médias nacionais.
A percentagem de escolas públicas com nota positiva desceu de 99% em 2020 para 91,6% no ano passado.
No fim da tabela, com médias mais baixas, surgem escolas da área metropolitana de Lisboa, em Loures, Barreiro, Almada e Amadora.
As 10 melhores escolas públicas
Escola Artística António Arroio — Lisboa — Lisboa
Escola Artística Soares dos Reis — Porto — Porto
Escola Secundária Dr. João Lopes de Morais — Mortágua — Viseu
Escola Secundária Alves Martins — Viseu — Viseu
Escola Secundária Infanta D. Maria — Coimbra — Coimbra
Escola Secundária Quinta das Palmeiras — Covilhã — Castelo Branco
Escola Secundária Tomaz Pelayo — Santo Tirso — Porto
Escola Básica e Secundária D. Dinis — Santo Tirso — Porto
Escola Secundária da Quinta do Marquês — Oeiras — Lisboa
Escola Secundária Garcia de Orta —Porto — Porto
Escola Básica e Secundária D. Filipa de Lencastre — Lisboa — Lisboa
As 10 piores escolas públicas
Escola Básica e Secundária Passos Manuel — Lisboa — Lisboa
Escola Básica e Secundária Francisco Simões — Laranjeiro — Almada
Escola Básica e Secundária D. João V — Damaia — Amadora
Escola Secundária de Camarate — Loures — Loures
Escola Secundária do Lumiar — Lisboa — Lisboa
Escola Básica e Secundária Dr. Azevedo Neves — Damaia — Amadora
Escola Básica e Secundária Professor António da Natividade — Mesão Frio — Mesão Frio
Escola Básica e Secundária de Monte da Caparica — Almada — Almada
Escola Básica e Secundária de Santo António — Barreiro — Barreiro
Escola Secundária José Cardoso Pires — Loures — Loures
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