Este complexo industrial ferroviário, no distrito do Porto, vai ser fundamental para a manutenção de material circulante que está ao serviço, para a recuperação de outro que está parado e para a modernização de composições, disse Nuno Freitas.
Na cerimónia de reabertura, que contou com a presença do primeiro-ministro e do ministro das Infraestruturas e da Habitação, o presidente da CP revelou haver já uma “carteira de projetos e intervenções” que esgota a capacidade destas instalações até 2024 com um turno.
A reativação da oficina de Guifões foi anunciada no passado verão como parte do plano do Governo, liderado pelo socialista António Costa, para recuperar comboios que tinham sido abandonados, até que chegue, em 2023, a encomenda de 22 novos.
Até final deste ano, Nuno Freitas garantiu que vão ser recuperadas 13 carruagens Schindler (iguais às que circulam na Suíça), que são ideais para o serviço comercial da Linha do Douro.
Além destas, vão ainda ser recuperadas 14 carruagens Inox Soreframe, tirando através desta intervenção partido da eletrificação da Linha do Minho.
“A entrada em funcionamento destas composições de carruagens na Linha do Douro e na Linha do Minho vai permitir libertar material circulante para normalizar o serviço comercial regional da CP [Oeste, Alentejo e Algarve]”, sublinhou.
O presidente da CP adiantou que esta oficina vai também fazer a revisão geral de 34 unidades múltiplas elétricas.
Nestas instalações, e também até final de 2020, vão ser feitos protótipos de modernização de uma carruagem Sorefame e de uma UDD 450 e de adaptação/construção de um reboque piloto para o ‘push-pull’.
Estas vão ainda receber o centro de competências da ferrovia, um projeto que visa unir os setores públicos e privados e a academia portuguesa, para criar capacidade industrial ferroviária, frisou.
Entre outros projetos, Nuno Freitas anunciou a intenção de fundar um centro de formação profissional, uma incubadora de empresas orientadas para a ferrovia e um centro tecnológico com laboratórios colaborativos.
Já no seu discurso, o primeiro-ministro, António Costa, disse ter o “sonho” de ver Portugal entrar para o “clube dos produtores de comboios”, tal como já integra o “clube produtor de automóveis”.
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