A agência britânica de segurança marítima UKMTO disse que a tripulação do navio viu uma explosão ao navegar junto à costa de Aden, uma cidade portuária no sul do Iémen e sede do governo do país reconhecido internacionalmente.
“Nenhum dano ao navio foi relatado e a tripulação está segura”, acrescentou a UKMTO, que está sob a tutela do exército britânico, num comunicado publicado na rede social X (antigo Twitter).
Horas antes, o Comando Central militar dos Estados Unidos (Centcom) disse ter realizado uma série de ataques contra os Huthis no sábado, que destruíram cinco aparelhos marítimos não tripulados (drones) e um aparelho aéreo, que estavam preparados para o lançamento.
O Centcom, responsável pelo Médio Oriente, disse ainda que as forças norte-americanas abateram um drone dos rebeldes sobre o Mar Vermelho, enquanto outro “presume-se que tenha caído”.
“Não houve relatos de danos ou feridos em navios nas proximidades”, disse o comando.
Os Huthis começaram por lançar ataques contra território israelita e contra navios com alguma ligação a Israel, na sequência de uma ofensiva israelita na Faixa de Gaza que já causou mais de 31.500 mortos, segundo o governo do Hamas.
Israel e o Hamas estão em guerra desde 07 de outubro de 2023, quando operacionais do grupo islamita palestiniano fizeram um ataque sem precedentes em solo israelita, matando cerca de 1.200 pessoas e raptando cerca de 150.
Os Huthis controlam a capital do Iémen, Saná, e outras áreas no norte e oeste do país desde 2015.
As ações dos Huthis obrigaram muitos armadores a suspender a passagem pelas rotas marítimas do Mar Vermelho, levando os Estados Unidos a reunir uma coligação internacional para garantir a segurança nesta zona.
Em resposta, os rebeldes do Iémen começaram também a atacar navios ligados aos Estados Unidos e ao Reino Unido.
Segundo o Fundo Monetário Internacional, o transporte marítimo de contentores através do Mar Vermelho e Golfo de Aden diminuiu quase 30% num ano.
Antes da guerra, entre 12% e 15% do tráfego mundial passava pela rota do Mar Vermelho, de acordo com a União Europeia.
Num discurso na quinta-feira à noite, o líder dos rebeldes Abdel Malek al-Houthi frisou que os Huthis vão “continuar e expandir o intuito das operações”, para evitar que navios “atravessem o oceano Índico e vão da África do Sul para o cabo da Boa Esperança”.
Em guerra há mais de uma década, o Iémen é considerado o país mais pobre da Península Arábica.
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