Boris Johnson conseguiu esta isenção depois de ser conhecido que vários cidadãos britânicos, como o campeão olímpico Mo Farah, que nasceu na Somália, podiam ser afetados pela ordem executiva assinada por Donald Trump, na sexta-feira.

O decreto impede a entrada nos Estados Unidos de cidadãos do Irão, Iraque, Líbia, Somália, Sudão, Síria e Iémen, e abrange também quem tem dupla nacionalidade.

Na sequência da intervenção de Johnson, o Ministério dos Negócios Estrangeiros, britânico, afirmou que a ordem só se aplica a pessoas que viajem diretamente para os Estados Unidos de um daqueles sete países.

“Se está a viajar para os Estados Unidos de qualquer outro lugar que não daqueles sete países (por exemplo, do Reino Unido), a ordem executiva não se aplica e o viajante não será sujeito a mais controlos independentemente da nacionalidade ou local de nascimento”, indicou a diplomacia britânica em comunicado.

“Se for cidadão britânico, em deslocação de um daqueles países para os Estados Unidos, então a ordem [presidencial] não se aplica, mesmo que tenha nascido num desses países”, sublinhou.

Esta manhã, Mo Farah, que representa a Grã-Bretanha mas nasceu na Somália, criticou uma política baseada na “ignorância e preconceito” que podia mantê-lo afastado da família, a residir no estado norte-americano do Oregon.