"Acho que seria muito difícil, se os EUA tiverem uma proposta para ter algum tipo de ação em resposta a um ataque com armas químicas, e se eles falarem connosco e pedirem o nosso apoio, seja com mísseis de cruzeiro baseados em submarinos no Mediterrâneo, na minha opinião - e eu sei que é também a opinião da primeira-ministra -, seria difícil para nós dizer ‘não’", disse, em entrevista à rádio BBC 4.
Sobre a necessidade de pedir autorização ao parlamento, o ministro duvida que seja obrigatório.
"Seria muito difícil para nós dizermos não. Como exatamente poderíamos implementar cabe ao Governo e à primeira-ministra decidir. Mas se os americanos optarem por agir de novo e nos pedirem para ajudar, eu acho que seria muito difícil dizer 'não'"
Os deputados britânicos rejeitaram em 2013 um pedido do então primeiro-ministro, David Cameron, para autorizar bombardeamentos em represália pelo uso de armas químicas pelas forças armadas do regime do presidente sírio Bashar al-Assad.
Porém, não existe uma lei que force o governo a consultar os deputados para lançar uma operação militar.
Responsáveis da administração norte-americana admitiram novos ataques caso Assad use novamente armas químicas, tal como aconteceu no início de abril, quando o presidente Donald Trump ordenou o bombardeamento de uma base aérea síria após um ataque com armas químicas na localidade de Khan Sheikhun, controlada por rebeldes.
O Reino Unido faz parte da coligação internacional que tem atacado o Estado Islâmico na Síria, mas até agora não interveio no conflito sírio, apesar de ter como posição oficial que Assad deve sair do poder e de ter condenado o bombardeamento em Khan Sheikhun, que terá provocado mais de 80 mortos e centenas de feridos.
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