“Sob a tutela pública - e contrariamente ao que alguns pretenderam fazer passar – […] estas situações não foram confirmadas, o único caso na tutela pública da empresa pública TAP apurado foi o [da indemnização] de Alexandra Reis e é uma situação que já se encontra corrigida”, afirmou a socialista Ana Paula Bernardo, relatora da comissão de inquérito à companhia aérea, em conferência de imprensa do relatório preliminar, entregue no final da noite de terça-feira.

Durante as audições da comissão de inquérito, vários deputados inquiriram diversos depoentes sobre o eventual conhecimento de mais casos semelhantes ao da ex-administradora, que saiu da companhia com uma indemnização de 500.000 euros, à qual não tinha direito no âmbito do Estatuto do Gestor Público.

Ana Paula Bernardo apontou esta como uma das grandes conclusões que se podem extrair de todos os depoimentos e documentação analisada, embora, referiu, tenha ficado claro que “no passado existiram práticas” que podem ser consideradas como “merecedoras de reparo pelo seu caráter, às vezes discricionários” entre administradores da TAP, mas no “período em que a empresa era privada”.