A entrega simbólica das primeiras rendas “foi realizada pelas rendilheiras de Peniche no passado dia 5 de julho, durante a passagem dos símbolos da JMJ”, acrescenta a informação divulgada na página da JMJ Lisboa 2023 na internet.
Para a organização, “além do impacto que o maior encontro de jovens de todo o mundo com o Papa vai ter em Portugal, a JMJ Lisboa 2023 vai ser também uma oportunidade de mostrar ao mundo a arte portuguesa”.
A utilização do burel, lã da Serra da Estrela, nos paramentos para os clérigos que participarão nas cerimónias é outro exemplo desta vontade de promoção da arte nacional.
“Embora não tingido, o burel irá ser bordado com cores a fio de ouro para, posteriormente, ser aplicado em várias peças nos paramentos com o intuito de recordar ‘o valor simbólico do pastor’. Também as vestes do Papa Francisco contarão com a utilização inédita do burel, representado a participação do interior do país e da cultura portuguesa na JMJ Lisboa 2023”, acrescenta a informação disponibilizada pela organização da Jornada.
Os paramentos estão a ser produzidos entre Portugal e Itália. Além do fabrico das vestes papais, “estão a ser produzidos um total de dez mil paramentos para os milhares de padres e cerca de 800 bispos que estarão no Campo da Graça (Parque Tejo) no dia 06 de agosto, na Missa de Envio da JMJ Lisboa 2023”.
Também os objetos litúrgicos usados durante as celebrações religiosas da JMJ, desde a píxide (vaso para as hóstias] ao cálice ou à patena (prato de metal onde se coloca a hóstia na missa) são fabricadas no norte do país, bem como o mobiliário, como os altares, ambão ou cadeiras a usar nas cerimónias.
“Dada a dimensão da JMJ Lisboa 2023, vão ser necessárias seis mil píxides, objeto que serve na conservação e distribuição das hóstias aos fiéis, e 200 cálices, onde se consagra o vinho durante a Eucaristia, para a comunhão dos padres e bispos. Esta alfaia litúrgica é feita a partir de madeira de casquinha. O cálice vai ter (…) uma pequena cruz em tom de ouro, como o interior do objeto e a sua borda superior”, revela a organização da JMJ.
Lisboa foi a cidade escolhida pelo Papa Francisco para a próxima edição da Jornada Mundial da Juventude, que vai decorrer entre os dias 01 e 06 de agosto deste ano, com as principais cerimónias a terem lugar no Parque Eduardo VII e no Parque Tejo, a norte do Parque das Nações, na margem ribeirinha do Tejo, em terrenos dos concelhos de Lisboa e Loures.
As JMJ nasceram por iniciativa do Papa João Paulo II, após o sucesso do encontro promovido em 1985, em Roma, no Ano Internacional da Juventude.
O primeiro encontro aconteceu em 1986, em Roma, tendo já passado, nos moldes atuais, por Buenos Aires (1987), Santiago de Compostela (1989), Czestochowa (1991), Denver (1993), Manila (1995), Paris (1997), Roma (2000), Toronto (2002), Colónia (2005), Sidney (2008), Madrid (2011), Rio de Janeiro (2013), Cracóvia (2016) e Panamá (2019).
A edição deste ano, que contará com a presença do Papa Francisco, esteve inicialmente prevista para 2022, mas foi adiada devido à pandemia de COVID-19. O Papa Francisco foi a primeira pessoa a inscrever-se na JMJ Lisboa 2023, no dia 23 de outubro de 2022 no Vaticano.
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