O último resgate ocorreu cerca das 13:00 (GMT) em Antioquia, uma das cidades mais destruídas pelos sismos e onde as equipas de resgate retiraram dos escombros com vida uma mulher e os dois filhos, presos durante 228 horas.

Uma hora antes, as equipas resgataram uma mulher de 74 anos, Cemile Kekeç, habitante da cidade de Kahramanmaras, perto do epicentro do sismo.

Na mesma cidade, uma mulher de 42 anos, Melike Imamoglu, foi encontrada viva num prédio desabado, depois de as equipas de busca ouvirem os seus pedidos de socorro.

Como um membro da equipa de resgate declarou, ao jornal Hürriyet (sediado em Istambul), a mulher estava de boa saúde, apesar das 222 horas que esteve presa nos escombros, e “melhor do que aqueles que estavam do lado de fora”, algo inexplicável, disse.

Estes cinco resgates, quase milagrosos por ocorreram ao fim de vários dias, somam-se ao salvamento de uma outra mulher, Fatma Güngör, de 77 anos, resgatada na cidade de Adiyaman.

As baixas temperaturas, próximas de zero graus, ou até mais baixas, na região afetada pelos sismos, podem em certas circunstâncias facilitar a sobrevivência das pessoas presas, como explicaram especialistas da equipa de bombeiros de Madrid, em Espanha, que participou vários dias nos resgates, à agência Efe.

Os escombros de betão protegem contra o frio extremo e, como não faz calor, o corpo não transpira e desidrata como no verão, quando as chances de sobrevivência seriam de apenas dois ou três dias, precisaram.

O número de mortos resultantes dos dois terremotos, de força 7,7 e 7,6, é já superior a 35 mil na Turquia e cinco mil na Síria, mas teme-se que ainda possa subir, quando os escombros começarem a ser removidos.