“Acho que o PSD tem fortes hipóteses de, daqui a um ano se bater taco a taco com o PS. Neste momento não está”, afirmou Rui Rio em entrevista à RTP.
Apesar de não dar credibilidade à maioria das sondagens – que dão o PSD a pelo menos dez pontos percentuais do PS –, o presidente social-democrata reconheceu que também conclui que o partido “está longe neste momento” de poder vencer.
“Mas, daqui por um ano, com o caminho que quero seguir, face às fragilidades que o Governo vai apontando, não tenha dúvida de que o PSD pode discutir taco a taco as eleições, pode ganhar ou pode perder”, afirmou.
Para tal, Rio disse precisar que “o PSD queira ganhar”: “Não basta eu querer, os militantes quererem, é preciso também que aqueles que vão provocando ruído, e não deixando passar ou até deturpando a imagem, assumam as responsabilidades”.
Questionado se tal significa um apelo aos críticos para saírem do PSD, Rio respondeu negativamente.
“Não, colaborem ou então se não quiserem colaborar, estar calados, mas com a permanente turbulência estão a fazer jogo do PS”, criticou, recusando alongar-se mais sobre questões internas.
Sobre se admite, após as legislativas do próximo ano, um Governo de coligação com Assunção Cristas e Santana Lopes, o líder do PSD fez questão de distinguir os dois.
“O CDS tem sido um parceiro natural, até quando fui presidente da Câmara do Porto (…) Ainda não sei o que é o partido do doutor Santana Lopes”, afirmou, dizendo ser necessário ver que “xadrez parlamentar” resulta das próximas legislativas.
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