No final de uma reunião com a CGTP, na sede nacional, Rio foi questionado sobre o falhanço, há duas semanas, da eleição pelo parlamento dos nomes propostos pelo PS para presidente do Conselho Económico e Social (Correia de Campos, que já desistiu de se recandidatar), dos dois juízes ao Tribunal Constitucional (Vitalino Canas e Clemente Lima) e até da lista conjunta entre socialistas e sociais-democratas para o Conselho Superior da Magistratura, afirmando que “não houve acordo algum”.

“Um acordo pressupõe que os nomes que o PS aponta ou foram escolhidos em conjunto ou pelo menos o PSD sente-se entusiasmado e apoia os nomes indicados por outros partidos. Não foi exatamente assim, o que aconteceu é que nos foram comunicados os nomes, eu fiz um comentário - que não vou tornar público - mas não houve acordo nenhum”, disse.

O líder do PSD acrescentou que, nesta matéria, “pode-se procurar algum acordo”, mas nunca será “100% seguro”, uma vez que o voto dos deputados neste tipo de eleições é secreto.

“Espero que o PS muito rapidamente indique - porque está do lado do PS, o que tinha de indicar já indiquei - os nomes para aqueles órgãos que são menos polémicos, e rapidamente os ponham à votação para isso ficar resolvido”, afirmou, incluindo neste grupo quer o Conselho Superior da Magistratura (onde disse que “basta o PS tirar um nome”), quer outros órgãos externos, como os conselhos de fiscalização das ‘secretas’ e do sistema de informação criminal, ou a comissão de proteção de dados.

Quanto às nomeações para o CES ou para o Tribunal Constitucional, o líder do PSD até compreende que “possam demorar mais um bocadinho” e promete apelar a uma atitude de consenso da sua bancada.

“Se eu vir que nos nomes propostos é tudo razoável e razoavelmente equilibrado, estou na disposição de pedir aos deputados do PSD que não inviabilizem as soluções. Agora, é preciso que assim seja, por isso era conveniente que o PS, aqueles que são mais pacíficos os resolva já”, desafiou.