Roubo a ourivesaria em Ponte de Lima leva a detenção de quadrilha internacional

A Polícia Judiciária deteve, em Ponte de Lima, mais quatro suspeitos ligados a furtos qualificados, associação criminosa e falsificação de documentos, na sequência de uma investigação sobre um roubo numa ourivesaria.

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A investigação revelou a existência de uma rede criminosa organizada e transnacional, composta por cidadãos estrangeiros, com base em Espanha, que se deslocava por vários países europeus utilizando documentos falsos para cometer crimes patrimoniais.

Em Portugal, o grupo operava através da angariação de viaturas e vigilância a clientes de bancos e ourivesarias, furtando dinheiro e objetos de valor mediante distração das vítimas.

Segundo o comunicado enviado às redações,"o modus operandi assentava na angariação de viaturas e a propositada e rápida deslocação por território nacional, com recolha de informação e vigilâncias realizadas por diversos membros da rede, com funções definidas entre si, identificando estabelecimentos de venda de metais preciosos e sinalizando pessoas que se deslocassem a instituições bancárias."

A PJ refere ainda que foram registadas, em 2024, "diversas ocorrências criminais decorridas na zona norte de Portugal, que passavam pelo acesso de membros da rede criminosa a dependências bancárias. Os suspeitos, de forma discreta, procediam à monitorização das operações realizadas pelos clientes e, uma vez assinalados como tendo recolhido somas avultadas de dinheiro, eram sujeitos a vigilâncias e seguimentos. Depois, as vítimas eram abordadas pelos criminosos que, mediante distração, furtavam o dinheiro antes levantado. De igual modo, noutras situações, no interior das ourivesarias e agindo como clientes legítimos, distraíam os colaboradores, apropriavam-se de objetos de valor e colocavam-se em fuga."

Com a colaboração das autoridades espanholas, foram identificados vários membros da rede e, em 2025, cumpridos mandados de detenção europeus, resultando na prisão preventiva de quatro homens e uma mulher, todos estrangeiros, após a extradição de três elementos. As investigações continuam.

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