Segundo o jornal britânico The Guardian, este farol de 23 metros, que começou a ser construído em 1899 e deixou de operar em 1968, foi hoje levado para longe da falésia onde arriscava cair, quer pela ação do mar sobre as dunas de onde se elevava, quer pela força dos fortes ventos que se fazem sentir na costa do Mar do Norte.

Pesando o farol perto de 720 toneladas, a operação para movê-lo era arriscada. Arne Boelt, autarca do município de Hjørring, onde se localiza o farol, admitiu ao The Guardian que muitas coisas poderiam correr mal no transporte, mas que "valia a pena o risco", pois "a alternativa seria desmantelá-lo".

Sendo considerado um "tesouro nacional" pela ministra do Ambiente da Dinamarca, Lea Wermelin, o gabinete da governante gastou perto de 674 mil euros para financiar a operação, que também recebeu apoio da cidade de Hjørring.

De acordo com a BBC, a estrutura percorreu uma distância de 70 metros, numa operação que decorreu hoje e que estava planeada para durar dez horas. "Não podíamos andar mais rápido do que 12 metros por hora, porque era necessário calibrar os sistemas hidráulicos. Como foi em areia, é preciso ter a certeza de que corre bem nos dois carris", explicou Mette Ring, funcionária do município à emissora britânica.

O processo, que demorou 10 semanas a planear, passou por colocar vigas debaixo da estrutura para depois deslocá-la através de carris para terrenos interiores.

A zona onde se encontra o Rubjerg Knude é muito conhecida pelas suas dunas e pela paisagem junto à costa, atraindo mais de 250 mil turistas por ano. Depois de deixar de operar, o farol ainda foi transformado num museu, mas foi um projeto efémero.