“Queremos, com os futuros programas de apoio direto à criação artística, e de apoio e visibilidade a espaços de residência artística da cidade, contribuir de forma incisiva para fixar o talento da cidade e também atrair talento nacional e internacional para o tecido artístico do Porto”, afirmou o autarca independente na cerimónia que distinguiu com a Medalha de Honra da Cidade Paulo Cunha e Silva, o vereador da Cultura que morreu em novembro.
Com este “plano maior para a Cultura”, que dá seguimento ao trabalho desenvolvido por Cunha e Silva no pelouro que Rui Moreira assumiu, o presidente da Câmara quer potenciar o Porto “como território ímpar para a criação contemporânea”.
“O Prémio Paulo Cunha e Silva [de artes visuais] constitui uma peça num plano maior para a cultura: uma estratégia que estamos desde já a desenvolver e que pretendemos que potencie o Porto, ao longo dos próximos anos, como território ímpar para a criação contemporânea”, afirmou o autarca independente. Rui Moreira quer que o Porto seja “abrigo de novas gentes, de pensamento e de criação contemporânea, provocativa, expansiva, nova”. O autarca elogia um “Porto contemporâneo que olha o futuro a partir da sua cultura” e “uma cultura que não se confunde com outras”, sendo, “ela própria, a capital”.
“A criação contemporânea que aqui tem nascido nos espaços e plataformas mais informais e inusitados; a criação sub-40, sub-30 ou da geração Y, é o nosso Porto 2001. Sem precisar da construção de templos que já tem. Sem obra de fachada de que não precisa. Sem necessidade de serventia. Um Porto 2016, 2017 ou dois mil e qualquer coisa”, afirmou.
Para Rui Moreira, o Porto “nunca pode perder” a “resiliência, a resistência ao cerco, a capacidade de continuar, sempre, mesmo quando Deus chama a si os que mais nos são queridos”, bem como a “capacidade de criar usando, até, aquilo que mais nos magoa”.
O presidente da autarquia revelou ainda pretender “sedimentar a qualidade” de todos os projetos e iniciativas que têm sido desenvolvidos ao longo de três anos, desde que foi eleito, em 2013. O autarca destacou a “reinvenção dos diferentes espaços de cultura municipais”, a “reativação do património da cidade através da arte contemporânea”, a “conceção de programas e festivais que recuperaram e criaram públicos para a cultura”, a “diluição de fronteiras e barreiras culturais no território da cidade” e a “ligação da cidade aos discursos contemporâneos nacionais e internacionais”.
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