Moscovo disparou, na segunda-feira, a partir da Terra, contra um antigo satélite soviético, num teste que Washington disse ter gerado "uma nuvem" potencialmente perigosa de destroços para a estação orbital e para uma série de satélites.
As sete pessoas - quatro norte-americanos, dois russos e um alemão - a bordo da ISS tiveram de se refugiar temporariamente nas naves atracadas na estação para permitir a sua evacuação, caso fosse necessário.
Depois de um dia de silêncio, o Ministério da Defesa russo admitiu hoje que tinha realizado "com sucesso" os respetivos disparos contra uma nave do tipo Tselina-D, inativa e em órbita desde 1982, sem especificar qual a arma que teria sido usada.
O ministro da Defesa denunciou ainda as acusações "hipócritas" de Washington sobre o perigo representado pelos destroços.
"Os Estados Unidos sabem muito bem que esses fragmentos (...) não representarão nenhuma ameaça", afirmou numa nota.
Na segunda-feira, o chefe da NASA, Bill Nelson, disse estar "escandalizado" com a ação "desestabilizadora" que também representa riscos para a estação chinesa.
O chefe da diplomacia americana, Antony Blinken, afirmou que este campo de destroços criado pelo disparo do míssil russo ameaçaria as atividades espaciais "durante décadas".
“O espaço é um bem comum. Os destruidores do espaço têm uma responsabilidade avassaladora ao gerar detritos que poluem e colocam em perigo os nossos astronautas e satélites”, reagiu, por seu turno, a ministra francesa das Forças Armadas, Florence Parly.
Também o ministro francês dos Negócios Estrangeiros, Jean-Yves Le Drian, condenou a conduta da Rússia de “efetuar um disparo contra um dos seus próprios satélites.
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