"A obtenção destas certificações comprova que a estratégia seguida pela Fundação é a mais correta e demonstra que é possível manter atividades dentro das áreas protegidas sem que estas tenham influência negativa na natureza", disse Firmino de Sá, presidente do conselho de administração da fundação.
A qualidade do sal produzido pela Fundação das Salinas do Samouco foi reconhecida através da certificação pela Sativa, que certificou também a produção artesanal de plantas halófitas.
Firmino de Sá salientou que as condicionadas impostas Zona de Proteção Especial (ZPE) do estuário do Tejo obrigaram a utilizar "a criatividade, arte e engenho" no cumprimento de todas as regras.
"Criámos um trabalho mais qualificado, na produção e nas atividades de suporte a essa mesma produção, tendo subjacente a preservação do património histórico-cultural e natural", frisou.
Subjacente a esta certificação está a produção totalmente artesanal do sal, a ausência de utilização de meios mecânicos motorizados e o uso de técnicas tradicionais artesanais.
"A circulação da água é feita por gravidade e a evaporação por ação do sol e do vento, utiliza-se instrumentos de trabalho ligeiros, não oxidáveis ou deterioráveis, a secagem é feita naturalmente ao sol, respeitando as características físico-químicas, bacteriológicas e organoléticas a que deve obedecer o sal marinho tradicional", concluiu.
O sal produzido nas salinas do Samouco pode ser adquirido no local ou em algumas lojas de produtos biológicos em Alcochete nas vertentes sal marinho artesanal e flor de sal.
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